O presidente da Comissão de terras da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE/RR), deputado Mecias de Jesus, vai convocar uma reunião para esta terça-feira, 04, com os membros da Comissão e outras autoridades, para tratar sobre a invasão realizada centenas de pessoas a uma propriedade localizada em frente ao Haras Cunhã Pucá, no município do Cantá.
Nesta segunda-feira, 03, ele esteve pessoalmente no local, juntamente com o deputado, Soldado Sampaio, e conversou com membros do movimento que ocupavam a área.
Mecias de Jesus também esteve reunido com o empresário, Walter Vogel, em seu gabinete. O empresário afirmou não ter interesse em abrir mão do local tendo em vista que o ato desvalorizaria todos os seus investimentos.
O deputado afirmou que a Comissão de Terras da ALE/RR tem a atribuição de fiscalizar e buscará entendimentos no sentido de resolver a situação. Para a reunião serão convidados o prefeito do Cantá, Carlos Barbudo; o presidente do Instituto de Terras e Colonização de Roraima (Iteraima), Alysson Macedo, o Governo de Roraima por meio da Casa Civil e Procuradoria Geral do Estado; representantes da Federação das Associações de Moradores de Roraima (FAMER); e o empresário, Walter Vogel.
Deve haver acordo com o município do Cantá, instituição a quem caberão as atribuições, uma vez consolidada a área como habitacional. Segundo ele, o Governo do Estado é quem emitirá a decisão final, caso haja interesses por parte do Estado e desde que não gere prejuízo ao empresário.
“O que é preciso é uma solução para a situação daquelas pessoas. Ou naquela área ou em outra de propriedade do Governo. No caso desta área, especificamente, o único caminho é pagar o direito que o empresário tem sobre a área e será bom pra todo mundo”, afirmou.
Ele ponderou ainda que um bairro não pode ser criado de uma hora para outra sem se pensar em escolas, postos de saúde, saneamento básico, segurança pública, atribuições do poder público.
“É preciso que se obedeça o plano diretor municipal e suas diretrizes. Além do mais, não se pode desapropriar uma área sem antes entrar em entendimento entre as partes. Não é assim que funciona. Por isso vamos convocar essa reunião e avaliar todos os pontos”, declarou.
“A reunião é para avaliarmos estes movimentos no Estado e as consequências que podem trazer para a administração pública. Esclarecendo que não estamos incentivando, estimulando ou autorizando este movimento. Vamos servir como intermediários para debater esta situação”, complementou.
Com informações da Assessoria