Com três filhos em aulas remotas, mãe reclama de demora em obra de escola

“Temos só um celular para estudarem e eles não aguentam mais não terem convívio social com pessoas da mesma idade. Isso já está causando alguns problemas como ansiedade […] sem contar que estão extremamente prejudicados no ensino, estão com dificuldade em aprender”, afirma Keiliane Maria Pereira Sales, mãe de três alunos do Colégio Estadual Militarizado Professora Conceição Costa e Silva, no bairro Senador Hélio Campos.

A unidade está com aulas remotas desde a pandemia e seguiu na modalidade após entrar em obras de revitalização. Ao todo, são atendidos 747 estudantes do ensino fundamental.

Conforme Keiliane, a gestão da escola “todo mês” informa uma data para o retorno das aulas presenciais, o que nunca ocorre. Essa segunda-feira (3), foi um desses dias, mas segundo ela, “do nada mudaram. É uma reforma sem fim”.

“[Os filhos] Só fazem as atividades e entregam na escola e pronto. Nem os professores tem noção se as crianças estão aprendendo ou se aprenderam alguma coisa. […] Eu quero que alguém faça alguma coisa pelas minhas crianças, pois eu que ouço todos os dias reclamarem pela falta de aula. Eles sentem falta de irem para a escola”, salientou.

Procurada, a Secretaria de Educação e Desporto (Seed), informou que a previsão é que a unidade seja reinaugurada até o final de abril. Até lá, “a escola segue com a oferta do ensino remoto”.

“Os serviços já estão na reta final, no momento ocorre a climatização das salas de aula, ou seja, a instalação das centrais de ar. A escola também receberá mobiliários novos como carteiras, kits refeitório, quadros brancos, bebedouros, mesa e cadeira para professor, entre outros”, detalhou a Secretaria.