Cotidiano

Com pequenos produtores, produção de Cacau vem renascendo

Produção de Cacau aumenta as chances de comercializar a produção roraimense em larga escala. Agricultores podem tirar até R$ 9,5 por mês

Com pequenos produtores, produção de Cacau vem renascendo Com pequenos produtores, produção de Cacau vem renascendo Com pequenos produtores, produção de Cacau vem renascendo Com pequenos produtores, produção de Cacau vem renascendo

O pesquisador e expert em cacau, John Mason, do Centro de Pesquisas sobre Conservação da Natureza (NCRC), do Canadá, alerta para o problema. O cacau, matéria prima do chocolate, produto que atrai amantes em todo mundo, está com risco de extinção.

Porém, uma iniciativa em Roraima pode ajudar a manter a produção de cacau. Um estudo da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) demonstrou que o solo roraimense é perfeito para o plantio da fruta. O projeto iniciou o plantio por Caroebe e expandiu para São João da Baliza, São Luiz do Anauá e Rorainópolis.

Em Caroebe, já estão sendo plantados em torno de 450 hectares de pólo cacaueiro que vai beneficiar em torno de 460 famílias com a produção do grão.

Uma lavoura de cinco hectares garante renda mensal de R$ 9,5 mil. A colheita demora um pouco, entre três e quatro anos, mas é vista como uma cultura permanente, podendo durar até 100 anos de produção sem perdas.

“Foram os produtores da agricultura familiar que nos trouxeram a questão do cacau como alternativa econômica. Fizemos articulação com a Ceplac para que viesse aqui e fizesse um estudo sobre essa potencialidade por meio de órgão técnico. Fizeram levantamento de solo e clima, e no relatório deu aptidão para a plantação”, disse o chefe adjunto de tecnologia da Embrapa, Miguel Amador.

A ideia é reunir os produtores dos municípios de Caroebe, São João da Baliza, São Luiz, Caracaraí e Rorainópolis e organizar em uma cadeia produtiva para viabilizar os mercados interessados, com o intuito de agregar valor aos produtos roraimenses.

“É a indústria que vai gerar emprego para o local, trazer tecnologia, facilitar o aumento de produção. Tudo isso baseado em cima desse estudo”, explicou o diretor de agronegócio da Secretaria Estadual de Planejamento (Seplan), Regis Monteiro.

Estudo de arranjo produtivo é iniciado no Sul de Roraima

Reuniões estão sendo feitas com órgãos governamentais para capacitação de pesquisadores (Foto: Nilzete Franco/FolhaBV)

Com solo propício e região climática favorável, Roraima se consolida cada vez mais como potência agrícola para o restante do país. A fruticultura cultivada na região Sul do Estado chamou atenção da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) para fomentar um estudo e desenvolver um plano de Arranjo Produtivo Local (APL) e dar início à agroindústria roraimense.

O estudo foi iniciado em novembro do ano passado por meio de uma empresa contratada pela ABDI e tem a previsão de finalizar o planejamento estratégico até o janeiro de 2020, apontando quem são os produtores, o que produzem, quais as áreas de produção e para onde podem tentar exportar.

Serão trabalhados produtos como laranja, limão, banana, açaí e outras que completam a cadeia de fruticultura roraimense. 

O secretário de planejamento Marco Jorge explicou que esse estudo foi uma demanda que foi feita pela classe produtiva de Roraima na época em que ele era Ministro da Indústria e Comércio.

“Autorizei o estudo e a distribuição de sementes enquanto era ministro e buscamos não apenas aumentar a produção, mas também estruturar de forma a dar renda e retorno mais adequado aos produtores. Especificamente em relação ao cacau, ele está dentro das 16 culturas identificadas como prioritárias na agricultura de Roraima e as sementes serão plantadas de Caroebe até Rorainópolis, com apoio técnico e acompanhamento da Embrapa e do governo estadual. Nossa ideia é arrumar todo esse setor produtivo e mostrar um cenário propício para atração de investimento para que a gente consiga manter o homem no campo produzindo”.

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