Cotidiano

Com muita dor, paciente espera por cirurgia há 16 dias

Com muita dor, paciente espera por cirurgia há 16 dias Com muita dor, paciente espera por cirurgia há 16 dias Com muita dor, paciente espera por cirurgia há 16 dias Com muita dor, paciente espera por cirurgia há 16 dias

Dayana Barcelar Brasil foi atropelada por um caminhão em 24 de fevereiro deste ano. O motorista não prestou socorro. Ela quebrou uma perna e a bacia e até o momento continua aguardando por cirurgia no Hospital Geral de Roraima (HGR). A paciente afirma que pode perder o movimento das pernas e está sentindo muita dor desde que o acidente ocorreu.

“Tenho minhas crises, por conta dos ossos que estão quebrados, e sempre no corredor dá para ouvir meus gritos de dor. Meus amigos ficam sem saber o que fazer. Algumas pessoas falam coisas que não devem, pois acabam ‘machucando os sentimentos’ e eu fico mais aflita”, contou.

Aubeniza Carvalho, amiga de Dayana, chegou a questionar os médicos sobre o que faltava para a cirurgia ser realizada, mas não obteve resposta. Sua intenção era arrecadar o material necessário para o procedimento cirúrgico.

“Eu perguntei o que é necessário, mas me disseram que, se fizermos uma doação, não seria exatamente para ela [Dayana], seria para quem estivesse na frente dela, sendo para o hospital e não para paciente”, declarou Aubeniza.

Dayana corre o risco de não conseguir mais andar e teme por não poder voltar a praticar esportes, como sempre fez. Mas a sua maior preocupação é com seu filho. 

“Meu maior medo é de não poder mais andar e não poder proteger meu filho”, lamentou.

OUTRO LADO – Em nota, a Sesau informou que tem realizado os procedimentos necessários para o atendimento da paciente e que espera a realização da cirurgia em questão em breve. Confira a nota na íntegra:

“A Sesau informa que a paciente já foi medicada e está recebendo assistência médica no HGR. Quanto à cirurgia ortopédica a qual ela aguarda ser feita, a Sesau aguarda para os próximos dias, a chegada dos materiais médico-hospitalares necessários para a realização do procedimento.

Esses itens são frutos dos processos emergenciais de aquisição, tendo em vista a crise no abastecimento que as Unidades de Saúde enfrentam. Ressalta que foi a maneira mais célere que a atual gestão encontrou para dar início à regularização do abastecimento das Unidades de Saúde do Estado, que vivenciam uma crise que dura pelo menos seis meses.

Foram abertos quatro processos emergenciais para a compra de medicamentos e materiais médico-hospitalares. Um deles (ortopedia e neurocirurgia) foi revogado, porque não houve preços compatíveis com o mercado, pois estavam muito acima do estimado. Esse processo já foi reaberto e deve se encerrar até 15 de março. Vale ressaltar que já foram recebidas propostas com preços adequados.

Quanto aos outros três processos (medicamentos, materiais básicos e materiais laboratoriais, radiológicos e hemodinâmicos), em todos houve itens frustrados, com propostas rejeitadas por sobrepreço, mas uma parte foi bem sucedida e já foi contratada.

Em relação a esses três processos, em que uma parte de itens também foi rejeitada por sobrepreço, já foi possível obter propostas com preços adequados. Vale destacar que os itens começaram a chegar gradativamente e as entregas devem ser intensificadas nesse período pós-carnaval.

Com a normalização do abastecimento nas Unidades, será possível a retomada das cirurgias eletivas, que não são realizadas atualmente por conta da interdição ética do Centro Cirúrgico pelo Conselho Regional de Medicina de Roraima (CRM-RR)”.

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