Cotidiano

Com implantação do plano de resíduos sólidos, lixão será desativado até 2018

Com implantação do plano de resíduos sólidos, lixão será desativado até 2018 Com implantação do plano de resíduos sólidos, lixão será desativado até 2018 Com implantação do plano de resíduos sólidos, lixão será desativado até 2018 Com implantação do plano de resíduos sólidos, lixão será desativado até 2018

A Prefeitura de Boa Vista promoveu nesta sexta-feira, 19, uma audiência pública para a apresentação do relatório final do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, que prevê a criação de um aterro sanitário e o fechamento do lixão, localizado no trecho sul da BR-174, até o final do próximo ano. O evento ocorreu no auditório Alexandre Borges, na Universidade Federal de Roraima (UFRR).

O vice-prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique, que esteve presente no evento, ressaltou que a questão dos resíduos é um problema em todo mundo. “Para uma cidade tão rica em recursos naturais e hídricos como a nossa, o plano é extremamente importante no sentido de adequarmos o município às normas ambientais”, destacou.

Segundo ele, o plano é importante para efetivar a destinação adequada e o tratamento do lixo nos próximos 20 anos na Capital. “O plano contempla a extinção dos lixões e a construção de um novo aterro sanitário, o que deve acontecer em breve. Além de tratar pontos como a implantação da coleta seletiva, inclusão social de catadores, a instalação de ecopontos para entrega voluntária de resíduos recicláveis e geração de emprego e renda”.

O biólogo e técnico da empresa A2 Gestão Ambiental, contratada para fazer o Plano de Resíduos para Boa Vista, Augusto Azevedo, disse que a expectativa é que até meados do próximo ano um novo aterro sanitário seja criado. “As atividades estão previstas para os próximos de 20 anos. Algumas ações já começaram a ser efetivadas, como o tratamento de resíduos de serviços de saúde, que não existia aqui. Vale ressaltar que alguns pontos serão trabalhados de acordo com a disponibilidade de recurso”, frisou.

O intuito é garantir o tratamento dos resíduos sólidos, que é uma obrigação legal dos municípios prevista em lei. “Infelizmente, muitos municípios brasileiros não têm esse processo que trás melhorias para toda a sociedade, então, Boa Vista está saindo na frente”.

Para executar o plano, as autoridades contam com a participação da população. “O cidadão tem um papel fundamental, por isso, serão realizadas atividades educacionais para conscientizar a população, que deve mudar o seu comportamento e começar a fazer a separação dos materiais dentro de casa, ou seja, a coleta seletiva”, comentou.

Pontos de coleta, chamados de ecopontos, serão instalados em locais estratégicos da cidade para que a população possa deixar os materiais e contribuir com as ações do Plano.

A prefeitura está disponibilizando outros canais para quem tiver interesse em contribuir com propostas e sugestões no projeto por meio do endereço eletrônico: [email protected]; ou pela Central de Atendimento ao Cidadão: 156.  O canal ficará aberto até o dia 30 de maio.

MP fiscalizará atividades para garantir a execução do plano
 
O promotor do Meio Ambiente, Zedequias de Oliveira Júnior, que participou do evento, afirmou que o Ministério Público de Roraima (MPRR) vai acompanhar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Boa Vista para garantir que o Município cumpra com a lei que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

Em 2015, o Ministério Público instaurou Inquérito Civil Público, que tramita no âmbito da promotoria, para investigar a falta de transparência por parte do município de Boa Vista quanto a falta de acesso às informações e documentos referentes à implantação Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, conforme determina a lei, contrariando, inclusive, o controle social das ações.

A lei prevê a participação efetiva e compartilhada de toda a sociedade na gestão dos resíduos sólidos urbanos, sendo atribuídos a cada um dos setores diferentes papéis com o objetivo de solucionar ou minimizar os problemas relacionados aos resíduos.

“Boa Vista deve cumprir com o que a legislação federal exige e, não só a Capital, mas todos os municípios brasileiros têm até o próximo ano para concretizar as ações previstas no plano e fazer com que haja um melhor gerenciamento da produção e da destinação final dos resíduos sólidos. Para isso, é preciso que a sociedade tenha uma participação efetiva”, frisou o promotor. (B.B)

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