Cotidiano

Codesaima protocola pedido de suspensão de interdição do Mafirr

Os serviços de abate, caldeira e máquinas foram interditados no último dia 26 pelo MTE

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O presidente da Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima), Cícero Batista, reuniu-se com auditores fiscais da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Roraima (SRTE-RR) na manhã de ontem, 28, a fim de resolver a interdição do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr), realizada na última terça-feira após fiscalização do SRTE-RR.

Conforme o relato do presidente, a Codesaima entrou com um requerimento administrativo de suspensão da interdição na expectativa de que o funcionamento do matadouro fosse liberado após o atendimento que a empresa realizou em relação às medidas exigidas no relatório técnico. “Ainda assim exigem que a sala de máquinas seja modernizada, modernização essa que para acontecer é necessária a abertura de um processo licitatório para a aquisição desses equipamentos”, explicou.

Segundo Batista, dois engenheiros mecânicos estiveram no Mafirr realizando vistoria nos setores. Após a auditoria, foi constatado pelos engenheiros que não há vazamento de amônia e nenhum risco de explosão nas caldeiras que ponha em risco a segurança e a vida dos trabalhadores. Diante da análise, o presidente entendeu que seria liberado o funcionamento do abate, mas não ocorreu.

No que diz respeito ao equipamento de proteção individual (EPI) dos servidores, Batista afirmou que o equipamento existe, mas que a SRTE está fazendo nova exigência, a de que esse material não pode ser de algodão, e sim de material impermeável, como o plástico, para que a água e o sangue escorram. “Procuramos no mercado local e não existe disponibilidade para a aquisição, teremos que abrir um processo, um pregão eletrônico em que pessoas de outros estados possam participar”, ressaltou.

De acordo com o presidente, a SRTE foi severa na notificação, uma vez que poderia ter estipulado um prazo para que as exigências pudessem ser cumpridas. “A fiscalização, quando ocorreu, resultou de imediato na suspensão. Em função da intransigência, entraremos com medida judicial”, ressaltou.

À Folha, o chefe de fiscalização do SRTE-RR, Virgílio Pires, relatou que a Codesaima apresentou um pedido de suspensão contendo documentações que serão analisadas para saber se as medidas exigidas no relatório técnico, a exemplo o registro de inspeção da caldeira, foram atendidas. Uma vez confirmado o cumprimento, será realizada uma nova fiscalização ao local de trabalho para saber se as condições estão seguras e, dessa forma, a interdição será suspensa.

“Não adianta falar sem demonstrar. Eles têm que comprovar tecnicamente que não há esse risco e para isso deve ser adotada uma série de medidas, como inspeção e teste hidrostático da caldeira, relatadas em um documento”, frisou. (A.G.G)

Com interdição, Codesaima tem prejuízo de R$ 20 mil/dia

Com a interdição do Matadouro e Frigorífico Industrial de Roraima (Mafirr), a Companhia de Desenvolvimento de Roraima (Codesaima) estima prejuízo diário em R$ 20 mil. “O prejuízo diário da Companhia com a perda de serviços, como a taxa de resfriamento da câmara frigorífica e de subprodutos do gado, como vísceras brancas, farinha de ossos e couro é de aproximadamente R$ 20 mil diários”, informou em nota.

Alguns produtores agropecuários, segundo a Codesaima, retiraram o gado de corte da unidade, restando cerca de 160 bois no curral. Os proprietários que decidiram por deixar as reses no curral da unidade estão alimentando os animais no local, na expectativa de que a qualquer momento o abate seja retomado, “uma vez que retornar com o gado para as propriedades de origem é uma ação dispendiosa de tempo e recursos financeiros”.

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