Cotidiano

Cirurgias eletivas são realizadas de forma gradativa, afirma Sesau

Estão em curso processos para a aquisição de medicamentos e material médico-hospitalar

As cirurgias eletivas seguem sendo realizadas de forma gradativa no Hospital Geral de Roraima (HGR), conforme informou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) nesta quinta-feira, 14. Os procedimentos ficaram suspensos por 17 meses, início da pandemia, mas foram retomados em agosto, quando 2,5 mil pessoas aguardavam na fila.

A Pasta informou que as cirurgias estão disponíveis para todas as pessoas que estão na fila e que após a avaliação médica continuam precisando de procedimento, mas que é preciso seguir a classificação de risco estabelecida pelo Ministério da Saúde (MS). As cirurgias eletivas são as consideradas não urgentes, por não representarem risco iminente de morte.

Serviço Terceirizado

Sobre a terceirização, a Sesau reforçou que está em fase de contratação de uma empresa habilitada para realizar serviços médicos nas áreas de cirurgias geral, obstetrícia, otorrinolaringologia e anestesiologia, atendendo as principais demandas. “O processo de contratação está sob análise da Procuradoria Geral do Estado [PGE] e Corregedoria Geral do Estado [COGER]”, detalhou.

Além disso, estão em curso dois processos licitatórios para a aquisição de medicamentos e material médico-hospitalar, que, segundo a Secretaria de Saúde, já foram publicados. No momento, aguarda-se quais serão as empresas que terão interesse em participar da licitação. “É importante ressaltar que qualquer despesa pública deve seguir os trâmites da Lei e, dessa forma, a Secretaria tem seguido as normas dos órgãos de controle em todas as etapas administrativas necessárias”, completou a Sesau.

Denúncias

Mesmo com a retomada das cirurgias, muitas denúncias têm sido feitas sobre a demora para a realização dos procedimentos. Um dos pacientes que esperam na fila é o pedreiro Luiz de Souza Barradas de Castro, de 62 anos, que precisa realizar uma cirurgia para a retirada da próstata e da pedra no canal da uretra. Por conta da pandemia, ele não conseguiu realizar as consultas, que eram feitas no hospital Coronel Mota, pois o médico que o atendia era do grupo de risco.

Assim como Luiz, Aldenora da Costa, de 61 anos, espera por uma cirurgia para retirada da vesícula desde 2019, por conta disso, as dores que ela sente têm se agravado.

Outra denúncia sobre a demora no procedimento cirúrgico foi feita pelo jovem Pedro da Silva Neto, que precisa de uma cirurgia na perna. Segundo ele, a falta de material tem impossibilitado a realização do procedimento. Pedro espera há mais de quatro meses e pede providência, pois em uma unidade particular a cirurgia custa em torno de R$ 40 mil.