Cotidiano

Cientista político fala sobre “pacote da bondade” do parlamento

Segundo Paulo Racoski, é necessária política pública emergencial para não tornar cidadão dependente de benefício social

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O cientista político Paulo Racoski participou ao vivo, por telefone, do programa Agenda da Semana desse domingo (3), apresentado pelo economista Getúlio Cruz na Rádio Folha FM (100,3). A situação socioeconômica e política do Brasil foi a pauta principal da conversa.

A pobreza extrema no Brasil cresceu nos últimos anos, conforme dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e atingiu dados recordes: cerca de 23 milhões de brasileiros vivem com menos de R$ 10 reais por dia. Para tentar frear a situação, o Governo Federal tem anunciado desde o fim de 2021 uma série de medidas, chamadas no meio político como “pacote de bondades” como o aumento em 50% no Auxílio Brasil, elevando de R$ 200 para R$ 600 reais, o auxilio caminhoneiro, auxílio gás, redução de impostos e outras série de propostas com impacto econômico para 2023.

Questionado sobre ser uma solução para minimizar a situação de pobreza e fome do brasileiro, Racoski discursou sobre as desigualdades em crescimento e a linha histórica e influenciadora de situações internacionais, a exemplo da guerra na Europa. “Essa nossa desigualdade é desenfreada, falta estrutura, ainda temos estrutura da década de 60 e já estamos no século 21”.

A forma como os políticos utilizam de mecanismos a exemplo do “pacote de bondades”, principalmente em períodos eleitorais, tornam a população vulnerável mais dependentes de auxílios. “São sujeitos que estimulam a desgraça, uma vez estabelecido, vem como salvadores com pacotes de bondades”, e citou que não há mais controle sobre alimentação. “Não se fala mais em comida, se produz artigos, commodities [produção em larga escala com destino único ao exterior]”, complementou o cientista político.

Além da dependência, o “pacote da bondade”, poderá influenciar o voto para presidente da república. “O judiciário está preocupado, está de olho neste processo”, e admite. “Pegamos uma falsa bandeira, uma guerra híbrida e hoje não temos uma saída interna para pensar em ação”, disse. A conta de toda essa situação, explicou, será enviada diretamente aos pequenos como os trabalhadores, comerciantes, autônomos.

Um movimento tem chamado a atenção do cientista político em Roraima, a saída de roraimenses para morar em outros Estados ou Países em busca de melhorias de vida ou aplicação do estudo técnico, tecnológico.

A entrevista completa está disponível na página oficial da Rádio Folha 100,3 no Youtube.

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