Cotidiano

Cervejaria roraimense se prepara para entrar no mercado nacional

Ousado, jovem empreendedor roraimense produz cervejas especiais e ele garante que no próximo mês vai distribuir para todo País

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Cervejas artesanais têm ganhado cada vez mais as prateleiras de supermercados, bares e restaurantes. Este segmento no Brasil está passando por um momento de transição. Se as grandes cervejarias aumentam suas vendas, as pequenas também ganham sua importância. E dentro deste contexto, Roraima se prepara para entrar na disputa do concorrido mercado brasileiro, a partir de março, com sua própria cerveja: a Donna.

O empresário José Haroldo Campos, de 34 anos, dono da fábrica Cervejaria Boa Vista, no Distrito Industrial, no bairro Aquilino Mota Duarte, zona Sul, disse que seu produto já é distribuído em Boa Vista e Manaus (AM).

Mas até o próximo mês, ele garante que já estará distribuindo para todo o País. “Esta é nossa meta. O mercado está se expandindo e é muito promissor”, ressaltou.

A Cervejaria Boa Vista produz uma média de 11 mil litros por mês. Sua principal clientela é formada por delivery (entrega), bares e restaurantes. A cervejaria não produz apenas o chopp Donna, que é o carro-chefe da empresa. José Haroldo disse que também faz seis diferentes tipos de cerveja artesanal: a Ipa, Wit Beers, Hefeweizen, Halles (que é o chopp Donna) e duas Pilsen.

Com exceção da água, todas as outras matérias-primas para a produção das cervejas são importadas. O malte vem do Uruguai, o lúpulo da Alemanha e EUA e o fermento da Bélgica. A qualidade da cerveja artesanal roraimense é comparada à produzida nos grandes centros do País.

“Este é um mercado de nicho. Não concorremos com as cervejarias multinacionais, pois quem gosta de cerveja especial, artesanal e de qualidade prefere este tipo. Como disse, este mercado é recente, mas promissor”, frisou.

Para justificar a expansão do mercado da cervejaria especial no mundo, José Haroldo citou como exemplo o norte-americano. Lá, segundo ele, as cervejas especiais já dominam 20% das vendas. No Brasil, ainda conforme o empresário, apenas 1% prefere a cerveja artesanal. “Arrisco nisso, pois aqui temos muito a crescer”, complementou. (AJ)
 
Fábrica tem capacidade de produzir até 2 mil litros por dia
 
O empresário José Haroldo começou a fazer cerveja artesanal em sua casa, mas em 2012 decidiu abrir a cervejaria. Com a cara e a coragem, então, o jovem empreendedor decidiu investir o próprio capital e, em três anos, no final de 2014, finalmente abriu a fábrica. Hoje, a cervejaria Boa Vista tem cinco funcionários e capacidade para produzir até dois mil litros por dia. O barril de chopp Donna é o mais vendido. Na linha da cerveja Pilsen, o litro custa R$ 10. As outras, especiais, saem a R$ 16, o litro.

“Mas no começo foi difícil implantar a empresa por causa da burocracia no Brasil, mas com muita persistência conseguimos liberar as sete licenças exigidas para o funcionamento da fábrica. Lembro também que nosso primeiro equipamento só tinha capacidade para produzir 500 litros por dia. Mas acreditamos na expansão dos negócios, nos modernizamos e hoje vendemos, em média, nove mil litros de cerveja especial por mês”, frisou.

O processo de produção da cerveja tem várias etapas. O produto primeiro vai para a sala de braçagem, mais conhecida como cozinha. Lá, explica o empresário, são misturados os ingredientes. Em seguida, a cerveja vai para o tanque de fermentação e maturação, onde passa dias até ficar no ponto. Depois é engarrafada para chegar a sua seleta clientela.

A Cervejaria Boa Vista tem cinco tanques de mil litros e três tanques de dois mil litros. Para o futuro? José Haroldo vislumbra concorrer de igual para igual no disputado mercado nacional de cervejas especiais. “Em março, nossa cerveja será distribuída para todo o Brasil”, finalizou o jovem empreendedor. (AJ)
 
O mercado cervejeiro no Brasil
 
O Brasil é um dos maiores consumidores de cerveja do mundo. A média anual de litros consumidos por habitante cresce a cada ano. Uma pesquisa realizada pelo Ibope em novembro de 2013, revelou que a cerveja é a bebida preferida de 2/3 dos brasileiros para comemorações, com 64% da preferência.

Na última década, a produção de cerveja no Brasil cresceu impressionantes 64%, saltando de 8,2 bilhões para 13,4 bilhões de litros anuais, segundo dados do Sistema de Controle de Produção de Bebidas da Receita Federal.

É um mercado em franca expansão: o Brasil é o terceiro maior produtor do mundo, atrás de Estados Unidos e China, e supera a Rússia e a Alemanha. Mas enquanto a classe C opta pelas grandes marcas, as classes A e B buscam produtos que apresentem diferenciação, atributo fortemente encontrado nas cervejas artesanais.

De acordo com dados da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), seu consumo é majoritariamente masculino, na faixa etária dos 18 aos 65 anos, mas mulheres de 30 a 65 anos também gostam de apreciar o sabor diferenciado desse tipo de bebida. Sabendo que este é um produto tão apreciado pelos brasileiros, existem várias opções de negócios envolvendo a cerveja. (AJ)

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