Cotidiano

Cerr e Eletrobras vão assinar acordo de concessão com Aneel em Brasília

Assinatura faz parte do acordo de fusão da Cerr com a Eletrobras Distribuição Roraima para futura federalização da companhia

Cerr e Eletrobras vão assinar acordo de concessão com Aneel em Brasília Cerr e Eletrobras vão assinar acordo de concessão com Aneel em Brasília Cerr e Eletrobras vão assinar acordo de concessão com Aneel em Brasília Cerr e Eletrobras vão assinar acordo de concessão com Aneel em Brasília

Os diretores da Companhia Energética de Roraima (Cerr) e da Eletrobras Distribuição Roraima vão a Brasília (DF), no início do próximo mês, para assinar contrato de concessão com a Agência Nacional de Energia Elétrica, (Aneel). A assinatura faz parte do acordo de fusão da Cerr com a Eletrobras para futura federalização da companhia. O processo vem se arrastando desde setembro de 2013, quando a Cerr passou a ser administrada por meio de uma gestão compartilhada entre Eletrobras e Governo do Estado.

Segundo o diretor-presidente da Cerr, Antônio Carramilo Neto, a assinatura do contrato de concessão com a Aneel é um dos passos para a federalização da companhia. As últimas informações sobre a concessão foram repassadas durante reunião realizada na semana passada, em Brasília, entre a Aneel e todas as empresas de energia da Eletrobras. No encontro, ficou definido que a Cerr e a Eletrobras devem comparecer entre os dias 1º e 13 de julho para assinar um contrato de concessão com a Aneel.  

“Ainda estamos caminhando para a federalização da Cerr, ou seja, na fusão da Cerr com a Eletrobras Distribuição Roraima numa só empresa e numa só concessão. E só a partir daí conseguir a federalização”, disse.

Quanto ao prazo para a federalização, Carramilo disse que não há um prazo pré-definido. “O prazo de federalização vai depender do que evoluir na Eletrobras e na Cerr em termos de entendimentos e de melhorias no setor”, disse. Mas antes tem que haver primeiro a concessão, que é um passo preliminar para que a transação seja concluída”, disse. “Esse contrato de concessão será assinado no próximo mês”, frisou.

Segundo ele, a partir desse contrato, a empresa continua com a gestão compartilhada com a Eletrobas, mas passa a ser monitorada pela Aneel por cinco anos, quanto às melhorias na empresa e no fornecimento de energia.

“Os dois primeiros anos serão de investimentos na qualificação dos funcionários da empresa, na parte contábil-financeira, quanto ao atendimento e ao fornecimento de energia de qualidade”, frisou Carramilo, informando que os investimentos previstos neste período ainda serão do Governo do Estado. “Todo o investimento feito para qualificar e colocar as finanças em dia será do Governo do Estado. A Eletrobras só investe depois que federalizar”, afirmou.

Segundo o diretor da Cerr, o prazo de cinco anos estabelecido pela Aneel não quer dizer que a federalização só aconteça em 2020, pode ser antes disso. “Vai depender da vontade e do interesse da Eletrobras e do Governo do Estado, que já manifestaram o interesse em concluir o processo”, frisou.

Ele afirmou que a Aneel reconhece que Roraima só deveria ter uma empresa distribuidora de energia. Hoje, o Estado tem a Eletrobras, que distribui energia apenas para a capital, Boa Vista; e a Cerr, que gera energia e alimenta os 14 municípios do interior do Estado.

“A Aneel entende que se deveria fundir as empresas e ter apenas uma distribuidora de energia no Estado e por isso está convidando a Cerr e a Eletrobras para assinarem as concessões e vamos seguindo o trabalho com as gestões compartilhadas até conseguirmos fundir e fazer a federalização, que não tem um prazo estabelecido e pode acontecer em seis meses, um ano, ou mais. Tudo vai depender da evolução e dos acontecimentos”, frisou. (R.R)

 
Governo gasta R$ 12 mi mensais com despesas operacionais e servidores
 
O Governo do Estado gasta, por mês, aproximadamente, R$ 12 milhões para manter a parte operacional da Companhia Energética de Roraima (Cerr) e para cobrir a folha de pagamento dos servidores, segundo informou o diretor-presidente da companhia, Antônio Carramilo Neto.

Já para obras de investimentos para melhorias no sistema de fornecimento de energia, os recursos são específicos e fazem parte do empréstimo contraído pela gestão passada e que ainda estão em andamento. Dos mais de R$ 604 milhões provenientes de empréstimos junto à Caixa Econômica, feitos na gestão passada, Carramilo disse que serviram para pagar dívidas que foram se acumulando ao longo do tempo com fornecedores, operacionais e com a fornecedora de energia, a Eletrobras. “Todas essas dívidas atrasadas foram quitadas”, frisou.

Segundo Carramilo, desse empréstimo ainda restam pouco mais de R$ 82 milhões, que devem ser repassados à Cerr nos próximos dias. “Esse dinheiro será para pagar algumas dívidas que já começam a se acumular e vamos iniciar esse novo momento da Cerr sem dívidas e com projetos de melhorias de arrecadação em mandamento”, disse.
Com a mudança na estrutura da diretoria Executiva da companhia, que passou a ter gestão compartilhada com a Eletrobras, Carramilo disse que começou a adoção de medidas de gestão da Cerr com melhorias no padrão de qualidade dos serviços compatível com o requerido pela Aneel, além de melhorar os serviços prestados à população.

Entre os investimentos da Cerr no interior, ele destacou as linhas de transmissão de 69 kv para os municípios de Alto Alegre, Bonfim, Normandia e Cantá, além da distribuição de energia na zona urbana de todos os 14 municípios do interior do Estado.

Ele informou que uma das prioridades da Cerr é melhorar o atendimento ao consumidor, melhorar as condições de trabalho da equipe de servidores, investindo na capacitação da mão de obra e aquisição de equipamentos modernos. “Temos que trabalhar o gerenciamento das pessoas da companhia, que hoje tem em seus quadros servidores contratados concursados, comissionados, prestadores de serviço e outros não concursados e sem carteira de trabalho assinada, de modo que temos que trabalhar para ver a possibilidade da realização de um concurso público num futuro próximo e melhorar a qualidade do serviço”, disse. (R.R)

Apenas o município do Bonfim está apto a cobrar taxa de iluminação
 
Quanto ao processo de transferência de ativos de iluminação pública da Companhia Energética de Roraima (Cerr) para as prefeituras do interior do Estado, o diretor-presidente da Cerr, Antônio Carramilo Neto, afirmou que desde o dia 1º de janeiro deste ano que a responsabilidade de iluminação pública nas sedes e vilas dos municípios é de competência exclusiva das prefeituras municipais.

“A iluminação pública não é mais de responsabilidade da Cerr. Cabe às prefeituras manter a manutenção de reposição de lâmpadas e reatores nos postes e enviar uma lei para a Câmara de Vereadores para ser aprovada e assim poder fazer a cobrança da taxa de iluminação pública”, disse.

Ele explicou que a taxa vem incorporada no recibo da conta do fornecimento de energia da Cerr e os municípios que já têm lei aprovada e que assinaram o convênio com a Cerr passaram a receber, mensalmente, o valor da taxa de iluminação pública na conta da prefeitura. “Até o momento, apenas a gestora do Município de Bonfim procurou a Cerr para assinar o convênio e receber as taxas para fazer manutenção da iluminação púbica”, disse.

Para saber o valor repassado para o município, Carramilo disse que os técnicos da companhia têm um controle e fazem os cálculos pelos pontos de luz existentes na cidade. “Já fizemos o convite para que os gestores municipais compareçam à Cerr para celebrarmos o convênio e alguns já compareceram, mas seria interessante que todos os municípios já tivessem suas leis específicas e assinassem o convênio com a companhia para poder receberem seus recursos de manutenção”, frisou.

Ele explicou que os recursos cobrados dessa taxa não devem ser usados para descontar na dívida que as prefeituras têm com a companhia e que o recurso é direcionado exclusivamente para a manutenção da iluminação. “Mas isso é gerido diretamente pelas prefeituras”, disse.   

A Folha tentou contato telefônico com o presidente da Associação dos Prefeitos de Roraima, Moacir Mota, que é prefeito do Município de Amajari, para saber como estava o andamento desse processo, mas seus telefones davam na caixa postal ou fora da área de cobertura. (R.R)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.