Cotidiano

Centro Comercial possui menores preços e mais opções, diz Fecomércio

Estudo inédito do Sistema Fecomércio traça o perfil do consumidor do mais tradicional local de compras do Estado de Roraima

AYAN ARIEL

Editoria de Cidades

O centro comercial da Capital, tendo a Jaime Brasil como avenida principal, possui grande variedade de produtos e serviços, além dos menores preços, segundo a maioria dos entrevistados de uma pesquisa inédita da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Roraima (Fecomércio) que traça o perfil do público da região.

Os resultados desse estudo que abordou 82 pessoas entre os dias 29 de outubro e 29 de novembro foram apresentados em uma coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira (18), na sede da instituição.

Presidente do Sistema Fecomércio, Ademir dos Santos pontuou a necessidade desse estudo para que o comerciante saiba como é o perfil de sua clientela, a fim de agregar ações que atraiam cada vez mais o consumidor.

“Essa pesquisa tem o objetivo de trazer informação ao comerciante para que ele possa melhorar o atendimento à freguesia, ver qual é o desejo desse público e atender a sua necessidade”, afirmou Santos.

O estudo seguirá em 2020 e irá abranger principalmente a zona oeste da Capital, em especial o comércio da avenida Ataíde Teive, primeiro local a ser visitado, e dos bairros Asa Branca, Raiar do Sol e Pintolândia.

O economista do Sistema Fecomércio, Fábio Martinez ressaltou que a pesquisa nos outros centros comerciais da capital dará a possibilidade de um comparativo entre essas regiões, a fim de identificar os pontos fortes e fracos.

“Quando a gente começar a ter uma série histórica, entenderemos melhor aquelas quedas e crescimentos na economia, para verificar quais épocas do ano tem o melhor movimento ou quais são os setores ou centros comerciais de Boa Vista que crescem em determinado período do tempo. Com o avanço dessa pesquisa, teremos uma perspectiva melhor do comércio”, explicou Martinez.

O economista também ressaltou que a construção desse perfil da clientela boa-vistense abre o precedente para que o consumidor tenha suas demandas atendidas no comércio local e evite ir para outros estados ou países. “Isso faz com que esse dinheiro circule aqui na cidade. Consequentemente gera mais empregos e renda para Roraima e diminui a possibilidade de evasão de divisas”, ressaltou.

A ideia do projeto já estava sendo construída desde 2018 e amadureceu durante esse ano, onde foi definida qual seria a metodologia desse estudo de caso junto à população. Com a primeira fase do estudo finalizado, agora será possível prever as tendências entre o público, principalmente em épocas festivas.

“A gente sabe que, como geralmente tem um aumento nas vendas durante esses meses, acaba coincidindo com os itens que as pessoas mais procuram, que é a parte de vestuário, calçados e eletrônicos, então existe uma perspectiva positiva de crescimento, que deve ser o melhor dos últimos anos”, reiterou Martinez.

Estacionamento – Durante o período de avaliação, a Fecomércio levou em consideração alguns itens. O primeiro deles foi o reconhecimento do público, onde 71% das pessoas entrevistadas eram mulheres. Dessas, 51% tinham entre 31 e 59 anos. A maior parte do público consultado é residente da capital, com 97%, sendo que 68% dessas pessoas moram em bairros da zona oeste.

Ainda na parte de reconhecimento de público, trabalhadores do setor de comércio e serviços foram maioria, com 35%, seguidos de servidores públicos, com 22% e profissionais liberais, com 21%.  A maior parte dos entrevistados tem renda voltada entre R$ 1 mil e 2 mil, sendo 43%.

Ao ser levada em consideração a análise da região, percebeu-se que fazer compras era o principal objetivo de 71% do público abordado. Destes, 44% foram ao Centro Comercial por conta da maior variedade de produtos e serviços e 38% por conta de preços mais em conta. Também foi notado que 38% dos consumidores ouvidos têm preferência por fazer as compras no sábado.

Os itens mais procurados são vestuário (47%), calçados (25%) e eletrônicos. É importante salientar, porém, que 33% dos entrevistados não conseguiram suprir suas demandas na região. 29% dessas pessoas gastam em média de R$ 101 a R$ 200, sendo que a maioria dá preferência ao pagamento à vista, em dinheiro vivo.

Por fim, o estudo detectou que 65% das pessoas que frequentam o centro comercial vão com veículos próprios e 68% sugerem que sejam feitas melhorias em relação ao estacionamento no local.