As duas Casas do Estudante de Roraima, uma em Belém (PA) e a outra em Manaus (AM), estão aos poucos se deteriorando. Criadas na época do Território Federal para que jovens pudessem cursar o nível superior nestas duas capitais, elas hoje acumulam pichações, mato e infiltrações. O Governo do Estado pretende desativá-las.
O quarteirão da Avenida Nazaré, entre as travessas Quintino Bocaiúva e Rui Barbosa, onde se localiza a Casa do Estudante em Belém, é um dos pontos centrais e luxuosos da Capital paraense. Devido à existência de uma faculdade particular e de um ponto de ônibus em frente ao imóvel, um grande número de pessoas passa diariamente pelo local. A casa destoa do quarteirão, pois está sempre fechado e com a pintura velha. Aos poucos, galhos e pichações vão cobrindo a entrada do prédio.
Conforme o coordenador geral de logística da Secretaria Estadual de Administração (Segad), James Moreira, há apenas um morador na Casa: um rapaz que foi estuda, e quer já se formou, mas pediu para que o Governo do Estado permitisse a sua permanência no endereço após arranjar um emprego na capital do Pará. Toda a manutenção do prédio ficou a cargo desse morador, que não tem condições de reparar todo o casarão.
Em Manaus, a situação é um pouco pior: nem placa indicando a Casa do Estudante de Roraima há. A última vez que alguém habitou a Casa, localizada na rua Joaquim Nabuco, no centro da capital do Amazonas, foi há mais de um ano. Desde então, o local está fechado. Em 2003, estudantes que lá residiam reclamavam dos cortes de energia elétrica e água.
DESATIVAÇÃO – James Moreira disse que, desde janeiro de 2015, não recebe solicitações de moradia nos dois imóveis. Ele esteve em Belém neste ano e constatou os problemas na Casa do Estudante. “Quando o jovem solicitou a permanência lá, deixamos porque uma pessoa na casa não permite a sua invasão por vândalos nem o seu uso como ponto de drogas”, afirmou.
Agora, a Segad faz um levantamento dos documentos dos dois prédios, que ainda estão no nome do antigo Território Federal de Roraima. Assim que forem passados para o nome do atual Governo, os prédios serão leiloados. “Não faz mais sentido ter Casa do Estudante nestes dois estados, pois já existem faculdades em Roraima”, concluiu James Moreira. (N.W)