
O que era apenas uma tentativa de renda extra virou uma marca registrada de óculos com showroom, prédio próprio e planos de expansão. Essa é a história de Larissa Amaya, de 34 anos, e Hugo Farley, de 43, um casal de Boa Vista (RR) que há 10 anos compartilha a vida e, desde 2015, também os negócios. Foi da garagem da casa onde moram que nasceu a Amaya Eyewear, hoje reconhecida por vender armações autorais e oferecer atendimento técnico especializado.
A ideia partiu de um elogio. Hugo percebeu como os óculos realçavam o rosto da esposa e deu o empurrão: “Você devia vender óculos”. Na época, ambos eram servidores públicos e começaram revendendo armações como forma de complementar a renda. O negócio evoluiu rapidamente: primeiro o Instagram, depois um showroom improvisado na sala e, em seguida, a construção de uma loja na garagem de casa.
“Chegamos a faturar R$ 150 mil por mês vendendo de casa. Era sinal de que o negócio podia ir mais longe. E foi”, relembra Hugo.
A virada definitiva veio quando decidiram criar a própria marca. Hoje, a Amaya Eyewear tem showroom exclusivo, equipe com técnicos em óptica, design autoral e vai inaugurar sua segunda loja em um ponto de destaque da cidade, na avenida Ville Roy. Tanto Larissa quanto Hugo se formaram em óptica para reforçar o profissionalismo da empresa.
“A Amaya é uma marca, não só uma ótica. A gente desenha, fabrica e vende nossas armações. E agora, com a nova unidade, vamos trazer grifes nacionais e internacionais também”, conta Larissa.
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A relação do casal vai além do amor: eles dividem funções e mantêm uma comunicação afinada. Enquanto Hugo assume a parte administrativa e estrutural, Larissa é o rosto da marca e responsável pelo contato com os clientes. “O Hugo acreditou no meu potencial antes mesmo de eu acreditar. Ele fez com que a Amaya deixasse de ser só uma ideia e virasse uma empresa de verdade. Mas foi a junção dos dois que trouxe a gente até aqui”, afirma.
Parceria com instituição financeira cooperativa contribuiu para expansão
O casal se associou ao Sicredi, instituição cooperativa que atua na região.
“No Sicredi, conseguimos organizar melhor as finanças da empresa e encontrar soluções que atenderam às nossas necessidades naquele momento”, comenta Hugo.
Além de produtos bancários tradicionais, a instituição também oferece capacitações voltadas a empreendedores, por meio de parcerias com organizações como o Sebrae. A decisão de buscar apoio externo veio junto com a profissionalização do negócio, quando os dois perceberam que a empresa tinha potencial para crescer de forma estruturada.