Moradores do bairro Pricumã, na zona Oeste, reclamam do abandono da antiga Casa do Migrante, localizada na Alameda dos Bambus. No ano passado, o local chegou a passar por uma limpeza após denúncia publicada pela Folha, no entanto, o problema permanece. O local está cheio de lixo e mato, o que propicia criadouro de mosquito da dengue. Viciados aproveitam o abandono para consumir drogas no que restou do prédio.
A autônoma Cláudia Santos disse que já viu jovens entrando no terreno à noite para o consumo drogas e que constantemente pessoas usam o local como lixeira. “Todo dia eu passo por aqui. Eles só fazem algo quando vai parar no jornal mesmo, porque só limparam isso aqui depois que teve uma matéria. Eles não têm noção do perigo que é para os moradores”, comentou a moradora.
À época, a Secretaria do Trabalho e Bem-Estar Social (Setrabes) informou que transformaria o local em uma das sedes do Clube de Mães e enviaria uma equipe ao local para verificar as condições do prédio e realizar a limpeza do local. A denunciante afirmou que a equipe chegou a ir ao local, mas que nenhuma notícia sobre o Clube de Mães chegou aos moradores. “Se isso fosse verdade, alguma reunião teria acontecido com a gente”, disse.
Outra moradora, que não quis se identificar relatou que não há policiamento no local, o que deixa o terreno apto para esconderijo de bandidos. “Qualquer pessoa pode se esconder aqui. Eu não me sinto segura à noite. Quando tenho que sair, nunca passo por aqui”, ressaltou. A denunciante disse que já viu suspeitos entrarem correndo no local. “Tenho medo e temo pela segurança dos meus filhos”.
GOVERNO – Em nota, a Setrabes informou que vai enviar uma equipe para realizar verificação e limpeza do local. Frisou que o órgão identificou os prédios que precisam de reformas e iniciou os procedimentos para a recuperação dessas unidades, que ficaram em situação de abandono durante gestões passadas.
A nota também informou que o órgão está em fase de busca de recursos para dar uma nova finalidade ao local e ressaltou que atualmente já existe uma unidade em funcionamento que atende migrantes que precisam se deslocar do interior do Estado para a Capital em situações de tratamento médico e afins. (A.G.G)