Cotidiano

Câmara de Conciliação atende cerca de 150 casais por semana

Câmara de Conciliação atende cerca de 150 casais por semana Câmara de Conciliação atende cerca de 150 casais por semana Câmara de Conciliação atende cerca de 150 casais por semana Câmara de Conciliação atende cerca de 150 casais por semana

Uma média de 30 casais é atendida diariamente pela Câmara de Conciliação, Mediação e Arbitragem, um Núcleo da Defensoria Pública do Estado (DPE-RR). O órgão que completou 15 anos de existência no mês de fevereiro tem o objetivo de promover uma resolução mais fácil dos problemas no âmbito familiar. 

De acordo com a defensora pública e titular da Câmara, Elceni Diogo, o trabalho da Câmara de Conciliação é diferente do que existe no resto do Brasil em termos de conciliação porque é pré-processual, ou seja, a atuação é feita antes do processo estar instaurado, quando ainda não foi dada a entrada na Justiça.

Os atendimentos também obedecem a um perfil. Os envolvidos têm que comparecer pessoalmente ou por procurador na Câmara de Conciliação para fazer o acordo e que as questões a serem resolvidas sejam causas de família, como pensão de alimentos, soluções de sociedade de fato, declaratória de união estável, divórcio, guarda dos filhos e reconhecimento de paternidade.

Outro critério é que a oferta do serviço tem que ser feita para pessoas que ganham até três salários mínimos de renda familiar, porém, o item não é fixo. O defensor pode, diante da situação, atender além da faixa estabelecida de valores. “A pessoa que tiver interesse pode procurar a Defensoria e é encaminhada para a Câmara. Em seguida, a gente faz o atendimento, havendo o acordo a gente já faz a homologação na Vara da Justiça Itinerante, formaliza o processo e na mesma semana a situação é resolvida.”, informou Elceni.

A rapidez na resolução do processo, além de ser uma economia de gastos para os cofres públicos, também é pensada no bem da população atendida. “Às vezes a gente conhece um casal que já está separado há anos. Eu pergunto o motivo e eles alegam que não fizeram o divórcio ainda por achar que seria mais complicado e depois se deparam com um trabalho que se encerra mais rápido”, afirmou a defensora. “No final, além dessa economia de tempo, há uma economia emocional porque a gente sabe que esses processos causam um grande desgaste. Há a questão financeira também por que os processos têm um custo muito elevado e o serviço da Câmara é inteiramente gratuito”, acrescentou.

PRÓXIMOS PLANOS – Para 2018, a defensora explicou que a Câmara de Conciliação está focando no desenvolvimento de dois projetos: “Pais: Ainda Estou Aqui” e “Ciranda de Leitura: Leitor do Amanhã”.

O primeiro projeto é direcionando para os pais que estão em processo de separação, para que compreendam que o fim conjugal não pode implicar no fim do vínculo parental. “O projeto visa fazer o trabalho de manutenção dessa relação de pai e mãe, com os filhos que muitas das vezes sofrem muito com o término do relacionamento dos pais”, disse.

O de leitura será trabalhado em parceria com os Centros de Referência em Assistência Social (Cras). “Nós vamos sair da Câmara e vamos aos Cras, levando esclarecimento, conseguimos através de doação alguns livros e vamos oferecer para leitura. É outro trabalho que a Câmara vai fazer com o foco da prevenção, tentando fazer uma orientação, conversar sobre a questão dos vínculos e cuidados, tanto com os pais e responsáveis, quanto com as crianças”, explicou.

Os interessados em obter mais informações sobre o trabalho desenvolvido podem procurar a sede da Defensoria Pública, no centro de Boa Vista, onde é feito o agendamento e o encaminhamento para a Câmara. Outra forma é procurar especificamente o Núcleo, que funciona na sede administrativa do Tribunal de Justiça, dentro da área itinerante. (P.C)

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