Cotidiano

Caixas eletrônicos ficam inoperantes nos fins de semana, reclamam clientes

Correntistas relatam que nas agências do BB e Caixa os caixas de autoatendimento ficam sem dinheiro para saque

Caixas eletrônicos ficam inoperantes nos fins de semana, reclamam clientes Caixas eletrônicos ficam inoperantes nos fins de semana, reclamam clientes Caixas eletrônicos ficam inoperantes nos fins de semana, reclamam clientes Caixas eletrônicos ficam inoperantes nos fins de semana, reclamam clientes

Quem precisou utilizar serviços de autoatendimento de agências bancárias nos últimos dias, na Capital, encontrou dificuldades. Os caixas eletrônicos de algumas unidades do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal ficam inoperantes durante o fim de semana e feriados prolongados, de acordo com denúncias que chegaram à Folha.

As reclamações são constantes. Os correntistas do BB afirmaram que na manhã de segunda-feira, por volta das 6h30, foram à agência na avenida Ville Roy, no bairro São Pedro, zona Norte da Capital, e depararam-se com o local lotado, serviços indisponíveis e muitas reclamações.

“Nenhum caixa eletrônico estava sacando e não havia envelopes para depósito. Cheguei a conversar com outros correntistas e eles afirmaram que esse é um problema que acontece após todo fim de semana. Chega segunda-feira e os caixas estão vazios. Os atendentes do banco chegaram por volta de 7h30 e afirmaram que o movimento intenso é normal, por conta do pagamento dos servidores”, relatou um correntista.

Na zona Oeste, na agência do mesmo banco, na avenida Ataíde Teive, por volta das 8h50 do mesmo dia, muitos correntistas aglomeravam-se em frente aos caixas eletrônicos. Quando notavam que algum serviço não estava disponível, migravam para outro e reclamavam com os atendentes do local, conforme constatou a Folha.

O correntista Marcos Melo enviou um relato à Folha citando as agências do Banco do Brasil das avenidas Capitão Júlio Bezerra, Ataíde Teive e Brigadeiro Eduardo Gomes.  “Fica um caos aos fins de semana e complicou mais ainda para quem é correntista por conta do pagamento do funcionalismo federal e estadual, que saiu praticamente na mesma data. Sempre faço denúncia no canal da ouvidoria, que é disponibilizado aos clientes, mas nada é resolvido. Além de os caixas estarem sem cédulas e uns até desligados, nem envelope para depósito tinha nas agências citadas”, reclamou.

Arlete Menezes, cliente da Caixa, também enfrentou os mesmos problemas. “As agências da Caixa nos fins de semana simplesmente estão deixando de funcionar para saque, até para consulta de saldo. Os postos de atendimentos, espalhados em locais estratégicos, não estão funcionando perfeitamente. Além de cobrarem uma taxa abusiva de manutenção de conta, os clientes são obrigados a serem tarifados em outros bancos, já que a agência não dispõe dos serviços de saque e depósito”, relatou a correntista.

BB – A Folha entrou em contato com o Banco do Brasil e recebeu uma ligação da Superintendência regional poucas horas depois. A representante do banco quis saber quais agências foram citadas nas denúncias para identificar e sanar o problema.

CAIXA – A Caixa Econômica Federal respondeu à Folha através de nota. “Devido à queda de energia ocorrida na cidade na noite de domingo (4), alguns equipamentos apresentaram problemas de comunicação, que já foram sanados no decorrer da manhã de segunda-feira (5). Quanto aos envelopes, até sexta-feira será normalizada a disponibilidade em nossos estoques. Lembramos que os depósitos também podem ser realizados nas lotéricas e correspondentes CAIXA Aqui”.

Números das ouvidorias dos bancos

Sindicato dos Bancários diz que faltam funcionários

Após apurar as reclamações e entrar em contato com as agências citadas, a Folha procurou o Sindicato dos Bancários de Roraima (Sintraf). De acordo com a diretoria da associação, o que tem ocasionado a série de reclamações envolvendo agências bancárias da Capital é a falta de funcionários.

“Estamos lutando por mais contratações, melhores condições de trabalho, entre outros direitos da categoria, inclusive com ações judiciais e outras medidas que visem o interesse de seus trabalhadores. Essa luta não é apenas do bancário. É de fundamental importância que a população se manifeste, exija seus direitos mediante os órgãos competentes e nos ajude a cobrar dos bancos, no mínimo, mais contratações”, frisou.

A partir de 2017, o Banco do Brasil vai fechar 402 agências em todo o País, transformar 379 em postos de atendimento e encerrar 31 superintendências em diversos municípios. Com a reestruturação, o banco pretender gerar uma economia anual de mais de R$ 3 bilhões, caso os 18 mil funcionários habilitados optem por deixar o banco em troca de benefícios. Em Roraima, as agências das avenidas Capitão Júlio Bezerra e Brigadeiro Eduardo Gomes serão fechadas.

“Com o processo de reestruturação do Banco do Brasil, vai reduzir ainda mais o número de agências e de postos de trabalho em todo o País. Também é cogitada a reestruturação para a Caixa Econômica Federal e bancos privados. Colocamos à disposição da população alguns telefones úteis para que todos possam reivindicar os seus direitos”, frisou o sindicato.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.