Cotidiano

'CADÊ OS YANOMAMI' vira um dos assuntos mais comentados no Twitter

Setença divulgada por Alok, políticos brasileiros e líderes indígenas alude à apuração da denúncia de estupro e morte de uma adolescente, e do desaparecimento de uma criança no rio Uraricoera em meio ao avanço do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

‘CADÊ OS YANOMAMI’ vira um dos assuntos mais comentados no Twitter ‘CADÊ OS YANOMAMI’ vira um dos assuntos mais comentados no Twitter ‘CADÊ OS YANOMAMI’ vira um dos assuntos mais comentados no Twitter ‘CADÊ OS YANOMAMI’ vira um dos assuntos mais comentados no Twitter

“CADÊ OS YANOMAMI?, escrita em caixa alta, tornou-se um dos dez assuntos mais comentados do Twitter brasileiro na manhã desta terça-feira (3). A sentença é uma alusiva à apuração da denúncia de estupro e morte de uma adolescente indígena, e do desaparecimento de uma criança no rio Uraricoera em meio ao avanço do garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima.

Até a publicação da reportagem, o tópico despontava como a sexto no ranking e foi comentado por jornalistas, líderes indígenas, políticos e artistas, como o DJ Alok, que endossou a pergunta em duas publicações – uma delas com um vídeo publicado pela líder indígena Thyara Pataxó.

Cadê os Yanomami? https://t.co/ntF626oKrU

— Alok (@alokoficial) May 3, 2022

Na mesma rede social, o deputado federal Marcelo Freixo (Psol-RJ) acusou o Governo Bolsonaro de estimular o garimpo ilegal na Terra Yanomami: “Cadê os Yanomami? O governo Jair Bolsonaro é responsável pelas barbaridades que garimpeiros ilegais estão praticando contra o povo Yanomami em Roraima. Em vez de combater os criminosos, o presidente da República usa o cargo para estimular as ações de bandidos.”

O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto, escreveu: “Dia após dia continuam a surgir denúncias de massacre aos Yanomamis. Uma comunidade com mais de 20 indígenas sumiu. Não acredito que fugiram, não é do feitio do bravo povo originário. Cobro uma forte investigação sobre esse caso e pergunto: CADÊ OS YANOMAMI?”.


Tópico é um dos assuntos mais comentados do dia (Foto: Reprodução)

O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) exigiu resposta das autoridades. “CADÊ OS YANOMAMI? Após denúncias de estupro e morte de uma menina de 12 anos e do desaparecimento de uma criança de 3 anos, a comunidade Aracaçá está desaparecida e as casas foram queimadas. Exigimos respostas!”, registrou.

“Vocês estão sabendo que uma comunidade inteira Yanomami desapareceu? CADÊ OS YANOMAMI”, postou a colunista Denise Tremura, do UOL.

A sentença, inclusive, apareceu em um painel de tópicos frasais no programa Encontro, apresentado por Fátima Bernardes na TV Globo.

Após a denúncia feita por Júnior Hekurari, líder indígena e presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yek’wana (Condisi YY), o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que havia entrado em contato com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e que os fatos estão sendo apurados. Os garimpeiros, conta ele, aproveitaram quando a maior parte dos indígenas estava caçando para invadir a comunidade.

Segundo Hekukari, uma mulher, a menina e uma criança de foram levadas para o acampamento de um garimpo ilegal de ouro, onde a pré-adolescente passou a ser violentada. A mulher, tia da menina, tentou impedir, mas foi jogada no Rio Uraricoera, junto com a outra criança. As três indígenas estavam sozinhas, afirmou ele.

A Polícia Federal (PF), em conjunto com Ministério Público Federal (MPF), Funai (Fundação Nacional do Índio) e Sesai (Secretaria Especial de Saúde Indígena), disse não ter encontrado indícios dos crimes, embora tenha informado que as investigações continuam.

Após a nota conjunta divulgada pelas instituições, Hekurari acusou garimpeiros de pagarem indígenas com ouro em troca de silêncio em torno do caso, o que foi rebatido pela coordenação do movimento Garimpo é Legal.

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