Cotidiano

Bombas irregulares de posto de gasolina são interditadas por fiscalização conjunta

Qualidade da gasolina em um posto no Pricumã estava comprometida com níveis elevados de etanol, o que pode danificar o motor do veículo

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A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e o Instituto de Pesos e Medidas (Ipem) interditaram, na quarta-feira, bombas de gasolina de um posto de combustível localizado no bairro Pricumã, zona Oeste, por vender combustível adulterado. As fiscalizações estão ocorrendo desde terça-feira. Até ontem, dos 67 postos de combustíveis existentes na Capital, 49 haviam sido vistoriados em todas as regiões e mais irregularidades foram identificadas.

Além da interdição, foram emitidos oito autos de infração e 10 notificações devido a licenças operacionais e ambientais vencidas, além de falta de aferidor, que serve para fazer o teste de quantidade, o que indica se o volume de combustível vendido está de acordo com o solicitado e pago pelo consumidor. Em alguns casos, o posto até possuía o aferidor, porém sem o selo do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

“Com o aferidor é possível realizar o teste de quantidade para saber se o combustível que vai para o tanque do carro é o mesmo que o cliente está pagando”, disse o especialista em regulação da ANP, Heberton Soares.

Quanto à interdição do posto, o motivo foi a qualidade da gasolina, que estava com 33% de etanol anidro, acima dos 27% permitidos. “Essa adição pode danificar o motor do veículo em longo prazo”, alertou.

Segundo ele, geralmente a adulteração de gasolina ocorre com etanol anidro, e não com água. Explicou que a água não se mistura ao combustível e os danos ao motor são imediatos. “Além de não se misturar, a água altera a coloração da gasolina, que passa a ficar turva, e prejudica o funcionamento do veículo imediatamente”.

Outra irregularidade encontrada citada por Soares foram postos bandeira branca ostentando marca. Ou seja, são aqueles que não são bandeirados a grandes distribuidoras de combustíveis conhecidas no Brasil e que apresentam logomarca de algumas delas na faixada.

O presidente do Ipem, Alfredo Gadelha, considerou importante a ação realizada em parceria por garantir maior segurança aos consumidores com relação à quantidade e qualidade do combustível. “A fiscalização garante certeza de que os valores que aparecem na bomba se referem à quantidade correta que está sendo colocada no tanque do carro e a composição ideal do combustível”, disse ao frisar que as vistorias estão atendendo uma série de denúncias nesse sentido.  

A força tarefa será realizada até hoje em Boa Vista, movida depois de denúncia realizada pelo Ministério Público Federal (MPF), com o objetivo de regular o mercado aos padrões de qualidade do combustível e garantir segurança na aferição da quantidade vendida ao consumidor.

Os postos foram notificados com prazo entre 10 e 30 dias para regularizarem as situações. Caso não cumpram as determinações, serão autuados. Se ainda assim não adotarem as medidas, serão interditados e estão sujeitos a multas que, dependendo de cada situação, podem chegar à cifra dos milhões.  (A.D).

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