Doadora há quase quatro meses de leite materno para o banco de leite do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth (HMINSN), Regilane Marques Correa afirmou que tem sofrido dificuldades para fazer doação para aquela unidade. Problemas como falta de gasolina para coleta do leite e falta de recipientes para armazenar o leite tornam a ação, que é voluntária, um transtorno.
“Já tem um tempo que está acontecendo isso. Vem faltando gasolina e faltando outras coisas para eles buscarem o leite que nós doamos para o banco de leite da maternidade. Devido a esses problemas, eles ficam com a quantidade de leite no limite e os recém-nascidos na UTI sobrevivendo no limite”, disse o marido da doadora, Valmir Correa.
Segundo ele, a coleta do material é realizada uma vez por semana. “Minha esposa acorda de madrugada para encher os frascos, que geralmente não são suficientes, pois existem poucas unidades”, frisou ao destacar que a equipe de coleta vai uma vez por semana a sua casa, mas sempre com dificuldades. “Toda semana é uma história diferente, ou a viatura quebra ou falta dinheiro para a gasolina. Várias vezes os próprios funcionários já fizeram ‘vaquinha’ para abastecer a viatura e recolher o leite porque não tinha para os bebês”.
“Acho importante doar porque minha filha passou cinco dias internada e precisou do leite. Mas nós, que não ganhamos um real por isso e fazemos para ajudar, sentimos muitas dificuldades em doar. Isso é inaceitável”, frisou Regilane.
SESAU – A Secretária Estadual de Saúde informou, por meio de nota, que a direção do Hospital Materno-Infantil Nossa Senhora de Nazareth informou que, em relação aos serviços de higienização e recolhimento de leite, as providências foram tomadas, a empresa foi notificada e os serviços normalizados. (JL)
Notícias Relacionadas
