
A avenida Dom Aparecido José Dias, que dá acesso ao bairro João de Barro, ganhou novas placas de sinalização de trânsito e pintura de 3 km. Trecho foi local de diversos acidentes durante o ano e recentemente os moradores se reuniram para manifestar pela melhoria da via, após a morte de uma zeladora em um curva no trajeto.
Segundo o Departamento de Engenharia de Trânsito de Boa Vista, os serviços de revitalização e implatação de sinalização na região abrangem a rua James Meirelles Sobreiro Junior, no Cidade Satélite, e a rua Andorinha do Rio, no João de Barro.
“Orientamos os motoristas que trafegam pela região do João de Barro a ficarem atentos ao limite de velocidade e à curva próxima à entrada. Dessa forma, buscamos preservar a segurança de condutores e pedestres”, alertou Rodrigo Vale, chefe do Departamento de Engenharia de Trânsito.
Na última terça-feira, 17, moradores do bairro João de Barro realizaram uma manifestação pacífica para chamar a atenção quanto à falta de segurança no trânsito no trecho entre os bairros Cidade Satélite e João de Barro. O protesto ocorreu após o acidente que resultou na morte de Maria Neuzimar Pereira Dantas, de 54 anos, na “curva da morte” da avenida Dom Aparecido José Dias na última sexta-feira, 13.
Confira o caso
A servente de limpeza Maria Neuzimar Pereira Dantas, de 54 anos, morreu após ter a motocicleta Honda Biz vermelha atingida por um carro Corsa prata conduzido por um motorista bêbado na noite dessa sexta-feira (14), em uma curva da avenida Dom Aparecido José Dias, no bairro João de Barro, na zona Oeste de Boa Vista. O corpo dela foi removido pelo IML (Instituto de Medicina Legal). Um ciclista de 16 anos teve uma lesão no pé direito e foi levado ao HGR (Hospital Geral de Roraima).
O suspeito, identificado como Manoel Francisco Ribeiro da Silva, de 50 anos, foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM), autuado por dirigir alcoolizado o veículo Chevrolet Corsa prata e pode pagar multa de R$ 2.934,70. Ele, depois de passar pelo HGR por causa de ferimentos no corpo, como no rosto, foi levado algemado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil. Até a publicação da reportagem, a Folha não conseguiu localizar a defesa do acusado, mas o espaço segue aberto para manifestação.
Quando a PM chegou ao local do acidente, agentes do SMTRAN (Superintendência Municipal de Trânsito) já haviam recolhido o suspeito dentro da viatura – porque a população queria espancá-lo – a vítima estava caída ao chão e o ciclista ferido aguardava atendimento médico. Foi o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) que constatou a morte de Maria Neuzimar.
O teste do bafômetro, realizado pelo Detran-RR (Departamento Estadual de Trânsito), constatou concentração de 0,67 miligrama de álcool por litro de sangue em Manoel, o que configura crime de trânsito. O carro dele foi removido por não estar devidamente licenciado. A moto e a bicicleta envolvidas foram entregues aos familiares das vítimas.
Uma testemunha informou à Central de Flagrantes da Polícia Civil que Manoel Francisco trafegava pela avenida Dom Aparecido José Dias em direção ao Centro, quando, em determinada curva, passou direto e atingiu em cheio a moto de Maria Neuzimar, que seguia em sentido contrário. O ciclista, que também seguia em direção oposta ao do motorista, acelerou a bicicleta para se livrar da batida, mas seu veículo acabou atingido na roda traseira.