Cotidiano

Aulas nas escolas estaduais do interior serão retomadas hoje

Professores do interior aceitaram a proposta oferecida pelo Governo em negociação feita na sexta-feira; Movimento grevista na Capital permanece por tempo indeterminado

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Passado mais de um mês desde que paralisaram as aulas, a greve geral dos profissionais da educação parece, aos poucos, perder força. Na sexta-feira passada, 18, após duas horas de reunião com a Chefe da Casa Civil, Daniela Campos, os professores do interior decidiram aceitar as propostas do Governo do Estado, encerrando, assim, a sua participação no movimento grevista.

Com isso, esses profissionais deverão retornar às salas de aula nesta segunda-feira, 21, devendo ainda providenciar, o quanto antes, o calendário de reposição escolar dos alunos. Em entrevista à Folha, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Roraima (Sinter), Ornildo Roberto, classificou a decisão dos professores como equivocada, mas salientou respeitar o direito de cada um deles.

“Na minha concepção e na visão de alguns colegas, a atitude tomada pelos companheiros do interior não foi a mais correta. É equivocada e a gente lamenta muito por isso, mas nós vivemos num Estado democrático de direito, e, como tal, temos que respeitar a decisão das outras pessoas. Embora não concorde com a forma com a que eles decidiram sair, eu tenho obrigação de respeitar”, disse.

Dos 14 municípios do interior, apenas Bonfim, Caracaraí e Rorainópolis compareceram à reunião. As propostas aceitas pelos profissionais incluem o pagamento das progressões de 2008 a 2010 até novembro deste ano; o pagamento das progressões de 2011 parcelado em seis vezes; pagamento integral das progressões de 2012 até junho do próximo ano; e o pagamento integral referente ao ano de 2013 e parcelado em seis vezes de 2014 até junho de 2017.

A administração estadual anunciou ainda o abono das faltas dos grevistas, excluindo a possibilidade de qualquer desconto na remuneração dos profissionais que aderiram à greve. Outro ponto incluído na proposta do Governo foi a retirada do pedido de multa diária de R$ 10 mil ao Sinter, além de reiterar a validade das demais propostas que foram apresentadas nas audiências de negociação ocorridas no mês passado, no Tribunal de Justiça de Roraima (TJRR), que só serão homologadas após a suspensão da greve.

Para o presidente do Sinter, mesmo que muitas das propostas estejam condizentes com o anseio da categoria, a greve permanecerá por tempo indeterminado até que haja nova negociação sobre os pontos apresentados.

“Em partes, os companheiros da Capital concordam com as explanações do Governo, mas ao mesmo tempo a categoria entende que é preciso abrir uma negociação para discutir esses pontos de pauta. A forma como essas propostas estão sendo encaminhadas é impositiva, principalmente quando eles dizem que só terão validade se a greve for suspensa. A base dos trabalhadores entende que essa imposição não deveria acontecer”, destacou.

GOVERNO – Por meio de nota, o Governo do Estado afirmou manter as propostas que contemplam os interesses de todos os trabalhadores da educação em Roraima.

Além do pagamento de progressões atrasadas, a proposta inclui ainda a correção das inconsistências da Lei Estadual 892/2013, que trata do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR) da categoria; Abono das faltas dos profissionais com volta imediata ao trabalho e reposição das aulas perdidas, em cumprimento a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB); e a Efetivação das demais propostas acordadas na audiência de conciliação realizada no Tribunal de Justiça.

As propostas foram apresentadas na última sexta-feira, 18, restando apenas aguardar a decisão do Sinter. (M.L)

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