Discutir o papel de cada segmento no serviço de proteção às vitimas de tráfico humano. Esse foi o objetivo do encontro que no prédio da Prelazia, na manhã desta sexta-feira, 19, promovido pelo Núcleo de Tráfico de Pessoas para Fins de Exploração Sexual, do Centro Humanitário de Apoio à Mulher (Chame), ligado à Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR).
Como resultado, a entidade realizará no próximo dia 26 de setembro, uma segunda reunião, onde as 35 instituições integrantes da Rede de Proteção apresentarão, de forma textualizada, a função de cada uma no combate ao tráfico de pessoas. “Ao final, com todos esses documentos, será elaborada uma cartilha de orientação a ser confeccionada pela Assembleia Legislativa de Roraima”, anunciou a coordenadora do Núcleo, Socorro Santos.
O encontro promoveu a interação entre entidades, políticas públicas, Organizações Não Governamentais (ONGs), consulados, OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e movimentos sociais. “A ideia é fazer com que cada um faz nesse fluxograma de atendimento às vítimas de tráfico de pessoas”, disse Socorro. Esse foi o primeiro resultado após o Seminário ocorrido em julho deste ano.
A advogada do Chame, Karla Viegas, apresentou os serviços prestados pelo órgão, considerado pioneiro no enfrentamento da violência contra mulher em Roraima. “O tráfico de pessoas é uma temática que o Chame abraçou, com o Núcleo de Proteção dentro do próprio órgão. Viemos aqui mostrar os serviços e resultados que são muito bons”, explicou.
Ela ressaltou que o combate ao tráfico de pessoas, seja para qual fim for, não é feito somente por um órgão, mas necessita de uma rede qualificada e integrada que funcione e possa, assim, salvar vidas. “Viemos contribuir com outras instituições da melhor forma possível”, completou.
Na área de Segurança Pública, o titular da Delegacia Institucional da Polícia Federal em Roraima (PFRR), Anderson Dias, explicou que o órgão tem a finalidade de identificar os crimes de tráfico internacional de pessoas. “A PF dá cumprimento ao seu papel constitucional na apuração para identificar as pessoas que cometem esse crime que é complexo”, frisou.
A Irmã Anna Maria Lora, integrante da Rede Núcleo Grito Pela Vida, representou a Igreja Católica, e apresentou o papel da entidade na luta pelo combate do tráfico. “Nosso trabalho é voltado para três eixos, à prevenção é o nosso ponto mais forte, atividades para formação e fazer acontecer às políticas públicas para diminuir esses problemas”.
Com informações da Superintendência de Comunicação Social da Assembleia Legislativa de Roraima (Supcom ALE-RR).