A Associação Roraimense de Pessoa com Deficiência e do Espectro Autista (Arpdea) realiza, neste sábado, 27, na Feira do Pintolândia, na Avenida Izidio Galdino da Silva, um bazar beneficente em prol das famílias com pessoas com deficiência. No domingo, 28, a iniciativa acontece na Feira do Garimpeiro, localizada na Avenida General Ataíde Teive. Roupas, calçados e alguns objetos estarão à venda.
A iniciativa da instituição se deu devido às necessidades enfrentadas diariamente pelas famílias associadas. De acordo com a presidente da Arpdea, Wannubia Soares, 40 famílias fazem parte da entidade, sendo que a maioria necessita de ajuda. “Boa parte desses lares são ‘chefiados’ pelas mulheres, muitas vezes sozinhas com os filhos. Devido aos cuidados especiais com os filhos, elas se privam do trabalho e sobrevivem apenas de um benefício”, disse.
Para ajudar essas famílias, a instituição sem fins lucrativos recebe doações que são distribuídas conforme a necessidade. O trabalho para conseguir a ajuda é feito de forma árdua. “Nós estamos sempre correndo atrás de doações. Pedimos ajuda de pessoas, realizamos ações para arrecadação e assim vamos conseguindo”, contou Wannubia. “Tem ‘mãezinhas’ que nos procuram pedindo ajuda por não ter o alimento em casa. São mães totalmente dedicadas aos filhos, além disso, o que ganham não é o suficiente para custear as necessidades de casa e nem dos filhos”, lamentou.
APOIO – Quem estiver interessado em doar alimentos, roupas e calçados e contribuir com o trabalho desenvolvido pela entidade pode entrar contato por meio do número (95) 99119-2937 ou se dirigir ao endereço da associação, na Rua Cidade Cascavel, 756, bairro Equatorial.
ASSOCIAÇÃO – A Associação Roraimense de Pessoa com Deficiência e do Espectro Autista (Arpdea) foi fundada em 2016 por Wannubia Soares, devido às necessidades de seu filho que foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) quando tinha cinco anos.
À Folha, Wannubia contou que foi um golpe receber o diagnóstico do filho, no entanto, com o passar do tempo, aprendeu a lidar com a situação. “O amor só aumenta, a vontade de lutar pelo bem dele e pela causa também”, relatou.
Com o passar do tempo, a vontade de ajudar outras famílias na mesma condição só aumentou e hoje, com a associação, o trabalho social é desenvolvido. “De início, nós instruímos essas mães que chegam até nós sem saber o que fazer. Tentamos auxiliar conforme suas necessidades. Reunimo-nos, trocamos experiências, é uma forma de aprendizagem para ambas”, comentou.
Atualmente a associação funciona na casa de Wannubia. Do total de famílias, 30 recebem suporte mensalmente, seja com doações, orientações, encaminhamentos entre outras coisas. “Nós, como associação, vamos continuar ajudando essas pessoas e reforçamos o pedido de solidariedade em prol da causa”, finalizou. (E.M)