Cotidiano

Associação emite nota sobre agressões sofridas por médica

A Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima (Taner) emitiu nota lamentando o ocorrido

Associação emite nota sobre agressões sofridas por médica Associação emite nota sobre agressões sofridas por médica Associação emite nota sobre agressões sofridas por médica Associação emite nota sobre agressões sofridas por médica

Sobre as agressões sofridas pela médica Maria Vanessa, de 38 anos, na comunidade indígena Xitei, localizada a 30 km de Surucucu, em Alto Alegre, o presidente da Taner (Texoli Associação Ninam do Estado de Roraima) Gerson da Silva Xiriana assina uma nota lamentando o ocorrido.

Confira a nota na íntegra:

“Lamentamos profundamente o ocorrido na comunidade do Xitei, onde uma profissional de saúde, no exercício de sua função, foi agredida por indígenas daquela comunidade, tendo a mesma sido removida com ambos membros superiores fraturados e apresentando cortes na região da cabeça e na face, devido as agressões.

Mas, como associação, também somos vozes do povo da floresta e queremos externar aqui a nossa indignação, relembrando um fato ocorrido em meados de abril do presente ano, do primeiro caso confirmado de Covid19 no Dsei Yanomami, o Jovem A.X.P, que veio a falecer no HGR.

O jovem a qual nos referimos, estava debilitado a dias, tendo sido solicitado pela comunidade e também pela equipe do posto sua remoção, tendo sido negada por diversas vezes pelo Dsei, sendo necessário a comunidade usar dos meios tradicionais e culturais para serem ouvidos, na oportunidade, os profissionais de saude daquele posto foram amarrados e só não foram agredidos devido a associação ter intervido.

Logo, queremos externar, que somos contra qualquer tipo de violência, seja ela contra pessoa ou contra direitos, e estaremos aqui para nos manifestar sempre que houver violação, é nosso dever como associação resolver de forma pacifica as reivindicações das comunidades para que os mesmos não necessitem usar da cultura e da forma tradicional para serem ouvidos, como ocorreu nesta situação na qual lamentamos muito, porém nem sempre isso é possível Junto ao Dsei, tememos ainda que as comunidades entendam que necessitam usar da violência como forma de reivindicação para serem ouvidos.

Logo, peço que ouçam a voz das associações que representam seus povos quando essas se manifestarem, com isso podemos evitar problemas como este. Desejamos a profissional uma recuperação rápida, nos colocamos a disposição para ajudar se assim for necessário e solicitamos ao órgãos competentes (FUNAI, PF e MPF) que apurem a motivação do ocorrido”.

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