Cotidiano

Após 30 anos, mãe acredita ter reencontrado filha biológica

Maria Luiza só soube da história de Dalva Magalhães quando uma amiga mostrou a matéria e foto veiculada pelo jornal Folha de Boa Vista e disse que as duas se pareciam

Após 30 anos, mãe acredita ter reencontrado filha biológica Após 30 anos, mãe acredita ter reencontrado filha biológica Após 30 anos, mãe acredita ter reencontrado filha biológica Após 30 anos, mãe acredita ter reencontrado filha biológica

Após cerca de 30 anos separadas, a esteticista Dalva Magalhães acredita ter conseguido reencontrar a filha. Residente em Macapá, Dalva fez pela terceira vez uma viagem a Roraima no mês de setembro e recorreu aos meios de comunicação para ter informações sobre o paradeiro da família que estava cuidando da criança, na época com meses de vida.

A publicação da matéria na edição da Folha de Boa Vista de 18 de setembro, “Mãe procura filha desaparecida há 30 anos”, relatava o histórico de agressões do marido de Dalva, o que motivou a deixar a filha com o casal de padrinhos e seguir com os outros dois filhos para Manaus, no Amazonas. Depois de três meses, Dalva retornou à cidade em busca da filha e se surpreendeu ao não encontrar mais a família no mesmo local.

Ao entrar em contato com outros meios de comunicação, a mensagem chegou aos ouvidos de uma senhora que conhecia uma moça com história parecida a contada por Dalva.

“Na última terça-feira, 22, eu fui a uma rádio do Estado e eles leram na íntegra a matéria produzida por vocês, e nesse momento, uma pessoa que mora com ela (filha) tomou conhecimento desse fato e acabou comparando com a história dela. Essa pessoa acabou contando o que havia acontecido e a encorajou a buscar mais detalhes”, relatou a mãe.

A estudante de teologia, Maria Luiza Lopes, de 31 anos, contou que mora com uma senhora de 60 anos, que escutou a história no rádio. “Foi quando nesse dia em questão, uma amiga me mostrou a matéria e a foto, e disse que ela (Dalva) era muito parecida comigo, e me encorajou a ligar para descobrir mais a respeito. A princípio eu não acreditava, mas acabei criando coragem e decidi ligar”, disse Maria.

Quando Maria finalmente tentou entrar em contato com Dalva, a esteticista já estava em Manaus. Após uma conversa por telefone, a mãe decidiu retornar à Boa Vista para ter mais contato com Maria Luiza.

Segundo Dalva, alguns detalhes físicos batem com algumas características de sua família, como a fisionomia facial e as pontas dos dedos, que são parecidas com as de sua mãe.

“Esses detalhes foram fundamentais para que eu tivesse a certeza de que ela é a minha filha. Eu havia colocado na minha cabeça que se tivesse 90% de chances de ser ela quem eu realmente procurava, eu retornaria e realmente valeu muito à pena lutar”, afirmou Dalva.

CARTÓRIO

Na manhã de hoje, 28, ambas estiveram no cartório Deusdete Coelho, no Centro, para iniciar os trâmites de mudança das certidões de Maria Luisa. O trâmite ainda deverá demorar cerca de dois anos.

“Já acertamos que no final desse ano, quando houver a finalização do curso de teologia, ela vai para Macapá, para conhecer o resto da família, vamos dar prosseguimento aos trâmites de mudança documental e a gente vai ter um tempo para nos conhecer melhor. O importante é que eu consegui encontrar a minha filha”, disse Dalva.

APOIO

Dalva agradeceu a todas as pessoas que auxiliaram em sua jornada, em especial dona Dulce Souza, Laiza Santa Rosa, Vanessa Santa Rosa e Ricardo Rodrigues, moradores do bairro São Vicente, que prestaram apoio no retorno à Capital e também a Folha, pelo espaço cedido.

Com informações de Minervaldo Lopes

Matéria completa na edição impressa da Folha de amanhã, 29.

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.