Cotidiano

Anuário 2022: Boa Vista melhora em nove indicadores, mas piora em oito

Total de lesões corporais dolosas praticadas no ambiente familiar (violência doméstica) quase dobrou em 2021

O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2022 mostra que, entre 2020 e 2021, Boa Vista melhorou em nove indicadores, mas piorou em outros oito. O levantamento foi feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

Conforme o documento, o total de lesões corporais dolosas praticadas no ambiente familiar (violência doméstica) quase dobrou: foi de 472 (2020) para 735 (2021). Com isso, a taxa desse crime para cada grupo de 100 mil habitantes cresceu de 227,9 para 342.

Por outro lado, o Anuário não registrou morte de policiais em situação de confronto no ano passado. Ademais, apontou queda no número de roubos e furtos: de 835 para 687, com a taxa caindo de 401,6 para 316,1 entre 2020 e 2021.

Confira os números

Em queda

  • Houve queda no número de mortes decorrentes de intervenção policial de agentes em serviço e fora (nove contra 16 de 2020);
  • Não houve policiais mortos em confronto em 2021, enquanto o ano anterior registrou a morte de um agente na cidade;
  • Em percentual, a proporção de mortes provocadas por intervenções policiais em relação às mortes violentas intencionais diminuiu de 12% para 5,9% entre 2020 e 2021;
  • Número de feminicídios (crime praticado contra mulher motivado pelo fato da vítima ser mulher) caiu de cinco para dois, o que corresponde a queda na taxa por 100 mil mulheres de 2,4 para 0,9 no período analisado;
  • Houve redução nos latrocínios (nove contra 13 de 2020), assim como a taxa de 3,1 para 2,1;
  • Houve queda no número de roubos e furtos: de 835 para 687, entre 2020 e 2021, com a taxa caindo de 401,6 para 316,1 no período;
  • Em 2021, houve 264 roubos de veículos (contra 292 em 2020) – taxa caiu de 140,4 para 121,5;
  • Houve 423 furtos de veículos (contra 543 em 2020) – taxa caiu de 261,2 para 194,6;
  • Houve queda no número de tráfico de drogas em 2021: 285 registros (contra 333 em 2020), o que corresponde a taxa por 100 mil habitantes de 65,3 (contra 79,4 do ano anterior).

Em alta

  • Enquanto em 2020 a capital registrou 133 mortes violentas intencionais (categoria que corresponde à soma das vítimas de homicídio doloso, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e mortes decorrentes de intervenções policiais em serviço e fora), em 2021, o indicador aumentou para 152 registros, subindo a taxa por 100 mil habitantes de 31,7 para 34,8 no período;
  • 2021 teve aumento nos homicídios dolosos (128 contra 100 de 2020);
  • Número de lesões corporais seguidas de morte por número de vítimas aumentou de quatro para seis (entre 2020 e 2021), subindo a taxa de 1 para 1,4;
  • No ano passado, cresceu o total de lesões corporais seguidas de morte (seis contra quatro de 2020);
  • Total de lesões corporais dolosas praticadas no ambiente familiar (violência doméstica) quase dobrou: foi de 472 (2020) para 735 (2021). A taxa cresceu de 227,9% para 342,1;
  • Entre 2020 e 2021, aumentou de 100 para 128 o número de vítimas de homicídios dolosos. A taxa subiu de 23,8 para 29,3;
  • Cidade registrou aumento na posse ilegal de arma de fogo: de 25 para 32 entre 2020 e 2021, com a taxa subindo de 6 para 7,3;
  • Houve aumento na posse e uso de entorpecentes: 185 registros (contra 146 em 2020), o que representa taxa de 42,4 (contra 34,8% de 2020).

*Obs.: informações de 2021 sobre estupro estão indisponíveis, conforme o Anuário. O último dado, de 2020, apontou 275 registros e taxa por 100 mil habitantes de 65,5.