A uma semana do feriado de finados, celebrado no dia 2 de novembro, o movimento nas barracas em frente ao cemitério Nossa Senhora de Conceição, no bairro São Vicente, ainda é fraco. Os ambulantes, que todos os anos trabalham com a venda de arranjos de flores, velas e vasos, relataram que a procura ainda é pouca, mas esperam um aumento com a proximidade da data.
A autônoma Elza Reis atua no ramo de flores há décadas. Ela afirma que todo ano monta a barraca em frente ao cemitério. “Já estou neste negócio há muitos anos e aproveito esta época do ano para garantir um extra. Todo ano consigo juntar uma quantia razoável, que cobre as despesas de fim de ano”, declarou.
Elza relatou que após anos atuando no ramo, nunca viu um movimento tão fraco neste período. “Nós montamos as barracas aqui na frente do cemitério uns 15 dias antes do Dia de Finados. Nestes dias que antecedem o feriado, os familiares costumam comprar as coroas de flores, arranjos e vasos com antecedência, mas este ano, por enquanto, ainda está parado”, explicou.
Outra autônoma que atua no local, Maria Andrade, acredita que o principal motivo para as vendas fracas é a falta de dinheiro. “Estamos em uma época do mês em que muitas pessoas já estão quase sem dinheiro, o que sobra é para as necessidades mais urgentes, ainda mais que alguns servidores do Estado receberam salários parcelados. A expectativa é de melhoras, pois como o Dia de Finados é celebrado em 2 de novembro, muitos já vão ter recebido seus salários”, disse.
A data também é aproveitada por empresários que atuam no ramo da floricultura. Há quatro anos, uma loja especializada monta uma barraca em frente ao cemitério do bairro São Vicente. “No feriado, as pessoas costumam comprar os arranjos e coroas de flores em frente ao cemitério. Elas não vão às floriculturas devido a praticidade. Para não perder essa clientela, decidimos montar uma barraca aqui também”, explicou o vendedor Francisco Silva.
Em uma floricultura próxima ao cemitério Campo da Saudade, no bairro Centenário, o movimento também é fraco. “Nosso público é maior no feriado mesmo, quando os familiares lotam o cemitério para homenagear os seus mortos. Nesta época, o movimento sobe bastante e registramos um aumento significativo nas vendas”, afirmou a atende do estabelecimento.