Cotidiano

Amazonas tem toque de recolher das 19h às 6h da manhã

Estado sofre com hospitais e cemitérios lotados, além de falta de oxigênio nas unidades

A capital amazonense enfrenta um colapso no sistema de saúde por conta do avanço dos casos de Covid-19, e sofre com hospitais e cemitérios lotados, além de falta de oxigênio nas unidades. Até esta quarta (13), mais de 5,8 mil morreram com Covid no estado. O Governador Wilson Lima (PSC) decretou toque de recolher a partir das 19h até as 6h. As medidas têm como objetivo conter a disseminação do coronavírus no estado.

Além do toque de recolher, o governador anunciou a suspensão do transporte coletivo de passageiros em rodovias e rios, estando permitido apenas o transporte de carga e insumos essenciais à vida. O fechamento das atividades vale até para farmácias, que deverão funcionar em regime de delivery.


“Nós estamos numa operação de guerra”, disse o governador. “O estado do Amazonas, que é referência para o mundo, todo mundo volta seus olhares para cá quando há um problema relacionado à preservação do meio ambiente… Está clamando, está pedindo socorro. [Com] Uma floresta que produz uma quantidade significativa de oxigênio… Hoje o nosso povo está precisando desse oxigênio.” Lima ainda fez um apelo para que a população colabore e respeite as novas restrições. “É preciso que cada um assuma sua responsabilidade neste momento”, pediu.

De acordo com Wilson Lima, dentre as novas medidas de restrição contra a Covid, estão:

Suspensão do transporte coletivo de passageiros entre rodovias e rios do estado;

Fechamento de todas as atividades e circulação de pessoas entre 19h e 6h;

Farmácias devem funcionar, entre 19h e 6h, por delivery ou sob demanda;

Circulação de pessoas só será permitida, entre 19h e 6h, para quem trabalha em áreas estratégicas: saúde, segurança pública, imprensa.

De acordo com o novo decreto, ficam ressalvadas as seguintes atividades:

Transporte de cargas e produtos essenciais à vida, como alimentos e medicamentos e insumos médico-hospitalares;

O deslocamento para serviços de entrega, exclusivamente de produtos farmacológicos, medicamentos e insumos médico-hospitalares;

O deslocamento de pessoas para prestar assistência ou cuidados a doentes, idosos, crianças ou pessoas com deficiência ou necessidades especiais e o de profissionais de imprensa.


Unidades de Saúde

A Assessoria do Hospital Universitário Getúlio Vargas no Amazonas informou por meio de nota oficial que os cilindros de oxigênio estão em falta em todas as unidades de saúde do Estado.

“O Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV)  informa que tem conhecimento sobre a falta de oxigênio que afeta não apenas este hospital, mas toda a cidade de Manaus e continua apoiando as ações do Ministério da Saúde, órgão que coordena os esforços de combate à Covid-19 no Estado” informou a nota.