Não se pode negar que a greve é um instrumento eficaz utilizado pelos trabalhadores na hora de conseguir melhorias de trabalho e salariais. E é exatamente por causar prejuízo a quem recebe o serviço prestado por determinada categoria que “os braços cruzados” se torna tão eficiente.
A greve dos professores da rede estadual, por exemplo, dificulta a conclusão das aulas dos alunos, principalmente, de quem está no último ano de seus estudos, na ansiedade para ingressar na faculdade. E com a paralisação de mais de 50 dias dos profissionais da educação, alguns temem não conseguir concluir a tempo de se matricular em algum curso de nível superior.
A Folha conversou com alguns pais de alunos que estão cursando o 2º e 3º ano do Ensino Médio, e eles contaram que tiveram que apertar o orçamento familiar para buscar uma alternativa na rede privada. Alguns estudantes do último ano do ensino médio, por exemplo, estão fazendo cursinho e tentando como podem se inteirar dos assuntos que serão cobrados tanto nos vestibulares como no Enem.
Uma servidora pública, contou que passou a pagar desde o mês passado uma mensalidade no valor de R$ 520,00 para a filha que está cursando o último ano e pretende cursar engenharia. Outra mãe de estudante matriculou o filho numa escola particular para que não perdesse o 2º ano. “Ano que vem tem vestibular e se fizer um penúltimo ano ruim, ficará com dificuldades para concluir o 3º e prestar o vestibular”, disse a servidora.
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Seed afirma que vai estudar medida para alunos concluintes
Sobre os alunos que podem conseguir aprovação no vestibular e no Enem sem ter concluído o ensino médio, a Secretaria Estadual de Educação (Seed) informou que pretende analisar os casos para estudar “as medidas legais a serrem adotadas para que nenhum aluno seja prejudicado” na hora de se matricular.
“A Secretaria de Comunicação do Governo de Roraima esclarece que a exigência de apresentação de diploma de conclusão do Ensino Médio se dá no ato da matrícula, podendo os formandos se inscreverem e realizarem o vestibular normalmente”, explica o Governo em nota.
Dados da Seed apontam que hoje (2), “23 escolas da capital estão com aula normal; outras 14 estão parcialmente em greve e apenas 21 escolas continuam com aulas paralisadas”. “A equipe da Seed está finalizando o Calendário Escolar e tão logo o documento seja concluído, este será amplamente divulgado para a comunidade escolar”, informou.
