Cotidiano

Ala de psiquiatria do HGR passará por adequações a partir do próximo mês

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A ala destinada a pacientes com transtornos mentais graves no Hospital Geral de Roraima (HGR) passará por adequações a partir da segunda quinzena de janeiro. As mudanças na estrutura física garantirão acesso a um jardim, além de criar salas para trabalhos em grupo, terapias com base na arte, garantindo um ambiente mais favorável para a assistência prestada a estes pacientes. O anúncio foi feito dias depois de uma paciente atear fogo em um colchão, incendiando a ala psiquiátrica.

De acordo com informações da Secretaria de Saúde do Estado (Sesau), a unidade possui 11 leitos, situados atualmente no bloco C. A adequação na estrutura atual será feita mediante investimento de aproximadamente R$ 80 mil, com previsão de conclusão ainda no primeiro semestre.

Ainda segundo a Sesau, posteriormente, outro projeto em andamento vai garantir uma estruturação maior para o setor. O Bloco D será reformado e a psiquiatria será transferida para lá, onde serão oferecidas melhores condições de atendimento e acolhimentos aos pacientes com transtornos mentais. O investimento total na reforma do bloco será de quase R$ 1 milhão, fruto de emenda parlamentar do deputado federal Jhonatan de Jesus. O projeto está em trâmite, para a elaboração de projetos complementares.

A Sesau esclareceu que a Política de Saúde Mental adotada pelo Estado segue as orientações da Lei Federal 10.216/2001, para proteger e garantir os direitos das pessoas com transtornos mentais.

Segundo a psicóloga, Lidiane Almeida, antes desta lei, os pacientes com este tipo de doença eram internados em manicômios, isolados do convívio da família e da sociedade. No entanto, profissionais especializados chegaram ao consenso de que a segregação destes pacientes, ao invés de colaborar com a recuperação, tinha o efeito contrário. “Conforme esta lei, todos os pacientes com transtornos mentais têm direito ao tratamento na rede pública, desde que adequados às suas necessidades, para alcançar sua recuperação pela inserção na família, no trabalho e na comunidade”, pontuou.

A especialista afirmou ainda que a normativa ministerial não prevê segurança armada dentro das dependências das alas. “Este cuidado tem que ser feito com base no atendimento humanizado e qualificado”, ressaltou.

RAPS – Atualmente, a Rede de Atenção Psicossocial (Raps) no Estado assiste pessoas com sofrimento ou transtorno mental em diversos níveis. Ou seja, dos transtornos mais simples aos mais complexos, existe tratamento ofertado pelo SUS.

Reinaugurado em 2015, o Caps III disponibiliza um serviço de atenção à saúde mental em casos moderados a graves. Já pacientes com quadro de doença leve são encaminhados ao ambulatório da Clínica Especializada Coronel Mota, onde é disponibilizado o suporte de psicólogos, psiquiatras e clínicos que dão suporte no atendimento a esta área. Para ter acesso a este serviço, basta procurar o posto de saúde mais próximo, onde um clínico fará o encaminhamento para a unidade especializada. O Governo do Estado garante ainda o suporte com medicamentos, garantindo assim a eficácia no tratamento dispensado a quem precisa deste serviço.

Já as pessoas em situação de crise são direcionadas para o Hospital Geral de Roraima (HGR) e, depois de saírem do surto, seguem o tratamento no CAPS III. Todo este protocolo é preconizado pelo Ministério da Saúde. A população pode contar ainda com os Caps nos municípios de Pacaraima, Caracaraí, Alto Alegre, Bonfim, Rorainópolis e Cantá. (E.S)

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