Cotidiano

Agricultores indígenas iniciam plantio de milho

Para a safra 2019, onze comunidades serão atendidas com um sistema diferenciado em relação ao ano passado, que era de áreas coletivas

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Com a chegada do mês de maio e das chuvas, começa a movimentação dos agricultores para o plantio de grãos na área rural de Boa Vista. A prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura e Assuntos Indígenas (Smai), está coordenando os trabalhos do projeto Culturas de Inverno, para o plantio de milho nas Comunidades Indígenas, que se iniciou nesta semana.

Para a safra 2019, onze comunidades serão atendidas com um sistema diferenciado em relação ao ano passado, que era de áreas coletivas. Agora, o plantio é feito em áreas individuais. Para que o trabalho aconteça, a Smai disponibiliza o maquinário, a mão de obra no preparo e instalação da lavoura, assistência técnica pós-plantio e toda a parte de insumos com adubação.

De acordo com o secretário adjunto de Agricultura e Assuntos Indígenas, Guilherme Adjuto, as expectativas para a colheita são muito boas. “Teremos em torno de 35 hectares plantados e a expectativa de produção está na média de 120 sacas por hectare. E se levarmos em consideração a média do Estado, será considerada uma boa produção, tendo em vista que alguns produtores tecnificados muitas vezes não conseguem atingir essa meta. O plantio em áreas individuais seleciona aquele produtor que tem mais aptidão para a agricultura e que consequentemente irá se destacar”, ponderou.

O agricultor indígena Dinarte Pereira da Silva, da Comunidade de Vista Alegre, destacou que está muito empolgado e que já pretende aumentar ainda mais a área plantada. “A nossa expectativa é que a produção esse ano seja ainda melhor que a do ano passado, que foi muito boa. A nossa meta é melhorar a renda para que no ano que vem possamos triplicar a área plantada. Estamos tentando melhorar a terra e aumentar a produção. Tenho certeza que a venda do milho já está garantida e teremos muito milho para a venda”, concluiu.

Uma novidade também para a safra deste ano nas comunidades indígenas será o plantio consorciado com a Brachiária, uma espécie de capim utilizada para fazer a integração lavoura/pecuária. O objetivo é melhorar a fertilidade do solo e proporcionar alimento de alto valor nutricional para o gado no pós-colheita.

A importância da cultura de milho para os povos indígenas

O milho é uma cultura que teve origem entre os povos indígenas na América Central. Os benefícios para os indígenas são amplos, pois o milho é um produto de subsistência atendendo todas as áreas necessárias, como por exemplo, na alimentação dos animais como galinhas, porcos e o gado, para consumo na alimentação humana com o milho verde e uma infinidade de pratos que podem ser feitos com o alimento (pamonha, bolo de milho, canjica, milho cozido ou assado, etc).

O milho seco (em grãos) também pode ser facilmente comercializado, o que o torna uma moeda corrente. Também representa uma vantagem para o solo, deixando uma palhada com teor de carbono alto, aumentando a matéria orgânica e o tornando fértil para a próxima safra.

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