Agentes penitenciários que atuam na Penitenciária Agrícola do Monte do Cristo (PAMC), na zona rural de Boa Vista, denunciaram à reportagem da Folha as condições de trabalho a que estão sendo submetidos e as regalias dadas a alguns reeducandos. Segundo eles, o lixo, o mato, insetos, lama, entre outros agravantes fazem parte da rotina dos profissionais.
De acordo com um agente, que preferiu não ser identificado, a atuação deles é prejudicada por conta da precariedade da estrutura física da unidade prisional. “Está impossível trabalhar na PAMC. Não se tem mais visibilidade. O mato está por toda parte. Para entrar na unidade e até para transitar dentro dela é complicado por conta da lama”, afirmou.
Outro agente, que também não quis ser identificado, disse que detentos estão recebendo regalias. “Está programada a entrada de 380 colchões na unidade para a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC)”, frisou.
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GOVERNO – Em nota, a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) informa que não recebeu e não irá receber nenhuma doação de colchões para o sistema prisional. “Em setembro de 2016, a Sejuc adquiriu, por meio de processo licitatório, 400 colchões para as unidades prisionais, o que supriu por completo a demanda existente”, assegurou.
Reforçou ainda que a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo passa por reformas, “a primeira grande reforma desde quando foi fundada em 1989, que visa reestruturar as alas e retirar a sujeira e o esgoto a céu aberto na unidade”. O objetivo, segundo a pasta, é trazer mais dignidade para todos que convivem no sistema. (E.S)
