Cotidiano

Agentes de saúde serão capacitados para atender pacientes com deficiência visual

Ação ocorre hoje à tarde, no auditório do CAF/UFRR e conta com a presença de especialistas na área da oftalmologia

Agentes de saúde serão capacitados para atender pacientes com deficiência visual Agentes de saúde serão capacitados para atender pacientes com deficiência visual Agentes de saúde serão capacitados para atender pacientes com deficiência visual Agentes de saúde serão capacitados para atender pacientes com deficiência visual

O Centro de Solidariedade Marcelo Ventura e o Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais de Roraima (CAP/DV-RR) promovem hoje, 13, o 2º Projeto Internacional de Baixa Visão – “Caminhando com Autonomia, Independência e Desenvolvimento”. A ação tem como objetivo capacitar 320 agentes comunitários de saúde que atuam em Boa Vista e professores do CAP/DV-RR, para atuar como multiplicadores no atendimento de pacientes com deficiência visual no Estado. O evento inicia às 14h no auditório do Centro Amazônico de Fronteira (CAF), no campus Paricarana da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

O treinamento será realizado pelo Dr. Galton Carvalho Vasconcelos, que é pós-doutorando (Phd) em oftalmologia, chefe do Serviço de Oftalmologia Pediátrica e Baixa Visão Infantil do Hospital Geral da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica.

Segundo Galton, o Brasil é um dos países da América do Sul que está adiantado na área de prevenção e reabilitação de pacientes com deficiência visual. “Só que por uma questão de tamanho, os centros de reabilitação ficavam apenas na região do Sudeste e Sul e em grandes centros. E isso é muito pouco, se levar em consideração a geografia do país”, comentou.

A ideia do projeto, conforme o oftalmologista, é trabalhar novos profissionais, dentre eles, médicos oftalmologistas, pedagogos, terapeutas, fonoaudiólogos e fisioterapeutas que pudessem trabalhar para o deficiente visual e que posteriormente pudessem treinar agentes em outras regiões. “Já passamos pela primeira fase e agora estamos na segunda etapa, focada nas regiões Norte e Nordeste”, explicou.

Durante a capacitação, serão repassados conhecimentos gerais em Baixa Visão “Ensinaremos o que fazer, como identificar, quais são os recursos existentes para lidar com o deficiente visual e como inserir esse paciente na sua vida diária, de escola, de trabalho”, informou. “A gente veio capacitar novos profissionais, fazer uma visita técnica, ver o que tem, o que está faltando e o que pode melhorar, e como é que esse centro pode melhorar para servir ao Estado”, acrescentou.

RORAIMA – O oftalmologista Rômulo Ferreira, idealizador do Centro de Solidariedade Marcelo Ventura, ressaltou que a vinda de um especialista na área da baixa visão é de grande importância para o Estado. “Essa visita vem para propiciar o treinamento e a capacitação de mais de 300 agentes comunitários de saúde e também descobrir talentos que possam reproduzir e atuar como multiplicadores na baixa visão. É muito difícil atender pessoas com baixa visão, então nós temos poucos profissionais que escolhem essa área de especialidade, mas eu acredito na persistência”, disse. “Com o conhecimento que temos aqui, vamos conseguir minimizar o sofrimento das pessoas com deficiência visual no nosso Estado”, salientou.

BAIXA VISÃO – De acordo com o Dr. Galton Vasconcelos, a Baixa Visão é uma condição variável, que normalmente é definida quando o indivíduo, após tratamento óptico, cirúrgico ou mesmo com a utilização de medicação, não consegue recuperar a visão e sofre interferência na sua rotina diária.

“Existem alguns parâmetros para dizer se a visão é normal ou abaixo de normal. Uma vez que os tratamentos foram feitos e a visão continua baixa, podemos considerar que se trata de um caso de baixa visão. Isso também tem a ver com o que o paciente consegue fazer nas suas atividades do dia a dia, ou seja, se a pessoa não consegue mais ler, escrever, nem se locomover. Esse é o objetivo principal do nosso projeto, buscar a qualidade de vida e tentar reintegrar essas funções que estão perdidas para este paciente”, afirmou. (P.C)

Compartilhe via WhatsApp.
Compartilhe via Facebook.
Compartilhe via Threads.
Compartilhe via Telegram.
Compartilhe via Linkedin.