Hoje é o Dia Mundial de Luta Contra a AIDS. Durante o Dezembro Vermelho, campanha criada para lembrar o enfrentamento do HIV/Aids, inúmeras ações de cunho educativo referentes à prevenção e testagem rápida são desenvolvidas em todo o mundo. Em Roraima, as atuações serão reforçadas principalmente ao público jovem, que detém o maior índice de contágio. Por recomendação do Ministério da Saúde, as novas tecnologias de prevenção serão abordadas.
O coordenador municipal DST/Aids, Sebastião Diniz, informou que, devido à demanda, toda semana o órgão realiza atividades de prevenção em instituições e demais órgãos da capital. Entidades como Embrapa e Unimed já receberam este ano equipes de testagem rápida. Com o procedimento, em dez minutos a pessoa tem o resultado 99,9% fidedigno. Durante o mês, os testes serão fornecidos em outras empresas interessadas, e palestras educativas serão apresentadas em escolas da capital.
A enfermeira Giliane Nascimento informou que durante o mês, todas as Unidades Básicas de Saúde (UBS) de Boa Vista realizam ações voltadas à prevenção e ao diagnóstico do HIV. Conforme relato, a estimativa é que cerca de 30 UBSs que contenham o procedimento da testagem rápida realizem ações durante dezembro. Os quatro testes disponíveis são de HIV, Sífilis e Hepatite B e C. Escolas e universidades também serão contempladas.
“É importante trabalhar com a educação em saúde. Hoje em dia a vida sexual tem se iniciado cada vez mais precoce, e com elas as doenças”, disse. As equipes vão dar orientações sobre doenças, meios de prevenção e como fazer o acompanhamento e diagnóstico da testagem. Preservativos masculinos e femininos serão distribuídos entre os jovens. Segundo a enfermeira, apesar de não ser muito utilizado pelos adolescentes, é a maneira mais eficaz de se prevenir de doenças.
Antes e após o teste é realizado um acompanhamento junto ao paciente. Caso o resultado seja positivo, é feito o acompanhamento mais completo da equipe de saúde. Ele informou que também são repassadas dicas de prevenção. A enfermeira frisou o fato de a população ter medo de realizar o teste e também de não se prevenir.
“Gera medo até nos profissionais de saúde, que às vezes trabalham diretamente com sangue do paciente, mas o conselho é se desafiar, aqueles que nunca fizeram ou que não fazem há tempos, que vençam o medo e se dirijam às unidades e postos de horário estendido”, pontuou.