O Diretório Central de Estudantes (DCE) da Universidade Federal de Roraima (UFRR) convocou a participação de estudantes para uma mobilização contra casos de ódios dentro do ambiente acadêmico. O objetivo é cobrar os responsáveis da instituição sobre ações que protejam seus alunos.
A Folha noticiou recentemente um caso envolvendo postagens de racismo, homofobia, misoginia e outras formas de opressão feitos por um acadêmico da UFRR. A comunidade acadêmica se revoltou perante as postagens feitas pelo estudante de medicina em suas redes sociais.
De acordo com a presidente do DCE, Laura Secundino, o objetivo da mobilização é reivindicar os direitos dos estudantes e cobrar a reitoria.
“O ato busca dar visibilidade a casos de racismo, homofobia, misoginia e outras opressões que são ignoradas pela universidade. Além de denunciar a omissão da Reitoria, a mobilização reforça que, diante da negligência institucional, a comunidade estudantil precisa se unir para exigir respostas”, esclareceu.
Segundo post publicado no Instagram do DCE, o ato simbólico também reivindica o comprometimento da Universidade com o bem-estar dos acadêmicos. “Para que no dia em que “celebraríamos” a entrega mais que atrasada da nossa Biblioteca, possamos também cobrar respostas da Reitoria”.
Sobre a motivação para o ato de protesto Laura Secundino reafirma o compromisso do DCE para com os universitários.
“Atos que silenciam, violentam e discriminam precisam ser punidos com seriedade e urgência. A comunidade acadêmica se levanta contra o racismo, a homofobia e a misoginia que se mostram de forma brutal neste caso. Quando nos mobilizamos, deixamos claro: não aceitaremos silêncio, conivência ou omissão diante do ódio. É com organização, pressão e coragem que construiremos uma UFRR verdadeiramente segura, democrática e comprometida com a vida e a dignidade de todos os seus estudantes”, finalizou a presidente.
A mobilização está marcada para o dia 23 de maio às 9 horas em frente a Biblioteca Central da UFRR. Mesma data em que será entregue a obra de reforma da Biblioteca Central, que segundo os estudantes já está bem atrasada.