O 7º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) inaugurou, na manhã de ontem, a sua turma de 2017 da Escola de Instrução Militar (EsIM). Serão 25 alunos com idades de 15 a 18 anos que se tornarão reservistas de 2ª categoria, que são aqueles que defendem o território e prestam ações comunitárias.
Este será o segundo ano de funcionamento da escola militar em Boa Vista. Em 2016, todos os que participaram se formaram. Os jovens frequentam o quartel do Batalhão nas tardes das terças e quintas-feiras, sem atrapalhar a frequência na escola regular. Em alguns fins de semana, eles poderão ser requisitados para as atividades específicas do Exército, como o treinamento de sobrevivência na selva. Se eles se formarem, os jovens são dispensados da obrigação de se alistarem no Exército ao completarem 18 anos.
O tenente-coronel Roberto Jullian, que é o comandante do quartel do 7º BIS, fez uma palestra para os novos alunos e seus pais. “O serviço militar é obrigatório a partir dos 18 anos de idade para termos uma reserva que se mobilizará em possíveis conflitos. Os reservistas de 2ª categoria, que são os que formamos na escola, têm um tempo de instrução um pouco menor do que os de 1ª categoria, não entrando assim para a linha de combate”.
Desta forma, ao longo do ano, os adolescentes receberão instruções para o cargo, mas também serão preparados na área afetiva. “Tentamos trabalhar no jovem os valores que o Exército Brasileiro cultua”, disse o tenente-coronel. Ele explicou que, por enquanto, somente os estudantes do Instituto Batista de Roraima (IBR) podem participar da EsIM, pois o programa é feito a partir de um convênio do Exército com as escolas. Os interessados passam por uma inspeção de saúde física antes de serem aceitos. A entrada na escola é voluntária.
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Dentre os 25 alunos da nova turma, estão seis moças. Uma delas se chama Isnaila Sousa, que tem 17 anos e estuda no 3º ano do ensino médio. Ela tem vontade de ingressar no serviço militar. “Acho que é uma ótima oportunidade para conhecer o Exército e saber se é isso mesmo o que eu quero. Então, tenho uma expectativa muito boa”, afirmou.
Gabriel Prestes, de 16 anos, é outro jovem com curiosidade de saber como funciona o serviço militar. Mas ele ainda não tem interesse em seguir carreira, no futuro. Primeiro, ela avalia as possibilidades, pois acabou de ser aprovado em 6º lugar no curso de Agronomia da Universidade Federal de Roraima (UFRR), sendo dispensado de cursar o último ano do ensino médio. “Vou fazer os dois ao mesmo tempo [Escola Militar e UFRR]. Gostei muito da palestra e acredito que o curso é uma maneira simples de conhecer a profissão militar, que acho bem interessante”, disse.
O pai do jovem estudante, Antônio Denarium, se sentia orgulhoso pelas conquistas do filho. Admirador da formação militar, à qual nunca teve acesso devido a uma dispensa pelo seu emprego quando jovem, ele elogia a iniciativa do Exército em recrutar jovens dentro das escolas. “É muito importante para os filhos e os cidadãos em geral receberem esta formação moral de trabalho e responsabilidade. Com a escola, os jovens vão conhecer o Exército e considerar a possibilidade de no futuro se tornarem militares de carreira”, afirmou. (NW)
