ECONOMIA

59% dos brasileiros de baixa renda pretendem gastar mais em 2025

O levantamento revela que 59% dos brasileiros com renda de até dois salários mínimos pretendem gastar mais neste ano (Foto Divulgação)
O levantamento revela que 59% dos brasileiros com renda de até dois salários mínimos pretendem gastar mais neste ano (Foto Divulgação)

Uma nova pesquisa aponta que o consumo entre as classes C, D e E deve crescer de forma significativa em 2025. O levantamento revela que 59% dos brasileiros com renda de até dois salários mínimos pretendem gastar mais neste ano. Esse percentual é o maior entre todas as faixas sociais avaliadas, indicando que a população de baixa renda está cada vez mais ativa no mercado.

Os dados são do estudo “Brasil Invisível: Insights sobre o consumidor de baixa renda”, realizado pela Data-Makers com apoio da ONG Gerando Falcões e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM).

A pesquisa informou que as classes D e E demonstram maior intenção de aumento de consumo (59%), em comparação com a média da população (de 57%). Além disso, apenas 6% dos consumidores de baixa renda demonstram intenção em reduzir os gastos neste ano, o que mostra forte tendência de consumo.

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O levantamento mostra que esse público também é conectado e digitalmente independente. O celular já é o principal canal de compra para 49% dos entrevistados das classes D e E, superando a média nacional que é de 46%.

Para os pesquisadores, esse cenário quebra a ideia de que há retração ou dependência do varejo físico entre os mais pobres, mas sim “uma abertura clara ao consumo digital e ao uso de múltiplas plataformas”.

Outro dado relevante é o engajamento com causas sociais e ambientais. Valores como inclusão de pessoas com deficiência, direitos dos idosos e sustentabilidade têm alta adesão entre esses consumidores, muitas vezes superior à das classes mais altas. Também chama atenção o interesse por produtos saudáveis: 73% preferem itens com zero açúcar, maior índice entre todas as classes.

O estudo mostra ainda que o consumo de mídia entre as classes C e D é intenso e diversificado. O acesso diário à internet atinge 91% desse público, com uso expressivo de redes sociais como Instagram, Facebook, TikTok e YouTube, além da TV aberta.

A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e maio de 2025, utilizando metodologia quantitativa com 2.465 entrevistas online. Do total, 1.331 foram especificamente com consumidores das classes D e E, segundo critérios da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP). A amostra apresentou distribuição regional representativa do Brasil: Sudeste (38%), Nordeste (25%), Sul (16%), Centro-Oeste (12%) e Norte (9%), contemplando apenas maiores de 18 anos.

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