Cotidiano

2.800 condutores circulam com habilitação vencida

A multa por vencimento de CNH não é só aplicada para o condutor, mas também para o proprietário do veículo, por permitir que alguém sem a documentação necessária participe do trânsito

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Dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RR) revelam que, das aproximadamente 36 mil pessoas habilitadas no Estado, 2.800 estão circulando com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com prazo de validade vencido.

Por conta dessa conduta, o índice de multas aplicadas por condutor sem a CNH ou com a carteira vencida está em terceiro lugar, ficando atrás apenas do condutor sem cinto de segurança (em primeiro) e com documentação atrasada (na segunda colocação). Somente no ano passado, por exemplo, foram expedidas 4.437 multas por falta de habilitação ou validade vencida.

A multa por vencimento de CNH não é só aplicada para o condutor, mas também para o proprietário do veículo, por permitir que alguém sem a documentação necessária participe do trânsito. “Se alguém está dirigindo o carro e não tem habilitação, vai uma multa para o condutor que está dirigindo e uma multa para o proprietário que deixou a pessoa dirigir sem habilitação. São duas multas de R$ 880,41 cada uma. Isso vai para R$ 1.760,82. É um prejuízo muito sério”, explicou o diretor-presidente do Detran Roraima, Titonho Beserra.

COMO RENOVAR – Beserra explicou que o processo de renovação se tornou mais rápido com o passar dos anos. Todo o processo pode ser feito no setor de atendimento do Departamento Estadual de Trânsito e só é necessário procurar uma autoescola em casos específicos ou na ampliação de categoria.

O diretor-presidente disse que no processo da categoria A e B, de carro e moto, a pessoa só precisa procurar o Detran, fazer o agendamento da biometria e o exame médico. “Basta procurar o Detran e fazer o agendamento da biometria. É sorteada a clínica conveniada onde o condutor vai fazer o exame médico, que é por formato de rodízio. O médico inclui as informações no sistema e isso já formaliza o processo”, explanou.

Beserra afirma que, se o condutor pagar as taxas e fizer todo o procedimento em uma manhã, já pode receber a CNH no início da tarde ou no máximo no outro dia. O documento já vem com QR Code, o código de segurança para solicitar a carteira digital de habilitação.

No caso da categoria AB, que representa 90% dos condutores do Estado, a taxa de emissão é de R$ 101. O exame médico custa R$ 120 e a biometria é R$ 35. “Quando é carteira C, D e E, tem alguns procedimentos distintos, é preciso fazer o teste psicotécnico. Para o motorista do Uber e o taxista, a carteira tem que constar como remunerada”, completou.

O diretor-presidente esclareceu ainda que é boato a história que as pessoas que ultrapassarem o prazo de um mês para renovar têm que realizar o processo todo de novo, com aulas em autoescola e a prova prática. “Isso é mentira. As pessoas têm que procurar o Detran para receber as orientações oficiais. O que acontece é que quando a habilitação vence, no prazo de 30 dias, não pode ser multado por andar sem habilitação. Após esse período, aí sim é multado por considerar que está sem habilitação”, reiterou.

TRÂNSITO SEGURO – O diretor-presidente do Detran ressaltou que, ao contrário do imaginário popular, o Departamento de Trânsito não gosta de efetuar as penalidades. “Nós não gostamos de multar ninguém, mas infelizmente a lei nos obriga a isso. Muita gente acha que o Detran arrecada com as multas, mas a nossa arrecadação com essas penalidades são muito pequenas comparada com as outras formas de arrecadação”, explicou.

Beserra disse que, o que interessa ao Estado, é ter um trânsito seguro, em que as pessoas se ajudam e não como se tem visto nos dias de hoje, em que os motoristas competem para ver quem chega primeiro ou impedindo o outro de ultrapassar. “Nós vivemos uma guerra que tem trazido muitas consequências, para a saúde pública, os hospitais, os centros de reabilitação. A gente pede que cada um se habilite e com a habilitação, saiba que está em condição preparado para o trânsito. O trânsito é de todos nós”, finalizou. (P.C)

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