A 1ª etapa de vacinação contra a febre aftosa começa no dia 1º de abril. O diretor presidente da Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr), Vicente Barreto, disse que já está tudo pronto para a campanha que pretende imunizar todo o rebanho ainda no primeiro semestre.
“As equipes já estão a campo, os materiais de divulgação estão produzidos, as vacinações assistidas estão sendo agendadas, as doses estão chegando às lojas especializadas e as 16 mil vacinas que disponibilizamos para a Terra Indígena Raposa Serra do Sol estão garantidas”, afirmou Barreto. “A expectativa é de 850 a 900 mil doses, que é o tamanho do nosso rebanho”.
A 1ª etapa da campanha vai até o dia 30 de abril e as notificações de que a vacina foi aplicada vão de 1º a 15 de maio dentro das unidades da Aderr nos municípios. Depois, a nova chance para imunizar o gado é em outubro. Os agentes do órgão visitam os rebanhos que ficaram sem proteção para saber o que houve de errado.
A multa fica R$ 72 por animal não imunizado e R$ 1.098 por propriedade. Depois, é feita a aplicação da vacina obrigatoriamente na presença da Agência. Se o produtor aplicou a dose, mas se esqueceu de notificar, ele também paga multa.
IMUNIZAÇÃO – No ano passado, Roraima superou a meta de 95% do seu rebanho vacinado contra a febre aftosa (o tamanho total é, em média, de 900 mil cabeças de gado). Por causa da estiagem no primeiro semestre de 2016, considerada a pior seca da história do rio Branco, apenas 795.118 doses foram vendidas na 1ª fase da campanha.
Os produtores alegaram ser difícil locomover o gado em período de seca, necessitando até mesmo que o prazo fosse prorrogado em um mês. Mas, na 2ª etapa, em outubro, a saída foi de 908.780 mil vacinas. A quantidade excedente é por causa do desperdício na hora de aplicar no animal, que costuma se mover.
O Estado ainda fechou o ano com outra notícia positiva: se tornou área livre com vacinação do gado, classificação almejada há décadas. O título foi dado pela Organização Internacional de Saúde Animal (OIE) através do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o que facilitará a comercialização da carne para outros estados. (NW)