Cotidiano

‘Drogômetro’ irá detectar uso de drogas por motoristas nas rodovias

Grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública vai definir diretrizes para uso do equipamento no Brasil

O Ministério da Justiça e Segurança Pública começou a coletar amostras de fluído oral de motoristas que circulam nas rodovias federais. O trabalho é feito com o uso de equipamentos chamados de “drogômetros”, aparelhos que têm a função de detectar o uso recente de substância psicoativa como cocaína, maconha, anfetaminas e outras.

A coleta é feita por agentes de segurança pública e, neste primeiro momento, as amostras positivas não vão configurar infração legal, uma vez que os aparelhos ainda não têm homologação para fiscalização.

Os motoristas, que são voluntários, que apresentarem alterações psicomotoras em decorrência do uso de substância psicoativa serão fiscalizados de acordo com a legislação em vigor, e serão convidados a participar de uma pesquisa após realizados os procedimentos legais (bafômetro ou recusa, auto de infração e prisão, se for o caso).

Os testes iniciais para a pesquisa que será realizada nas estradas federais de todo o país, vai definir os requisitos técnico-científicos para homologação dos drogômetros no Brasil já começaram, mas, para isso, policiais rodoviários federais participaram de uma capacitação, pela equipe do Hospital das Clínicas de Porto Alegre, por meio do Centro de Pesquisa em Álcool e Drogas.

Após os testes, os equipamentos que tiverem a sua eficácia comprovada serão regulamentados pelo Conselho Nacional de Trânsito e pelo Inmetro e poderão ser utilizados em ações de fiscalização do uso de drogas por parte de motoristas, prevenindo acidentes nas vias brasileiras.

Os agentes de segurança pública aprenderam como coletar amostras usando os equipamentos nas rodovias federais. Os aparelhos têm a função de detectar o uso recente de substância psicoativa. Os resultados saem em um período de 5 a 10 minutos após a coleta.

As amostras que tiverem o resultado positivo – e uma fração das negativas – serão armazenadas em freezers específicos, já fornecidos pelo MJSP, sendo transportados para análise em laboratório posteriormente.

As diretrizes técnico-científicas para o uso dos equipamentos no país estão sendo definidas pelo grupo de trabalho coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), por meio da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) que também conta com a participação da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro).

*Com informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública