Panetone artesanal pode ser uma boa opção para ganhar uma renda extra (Foto: Reprodução)
Panetone artesanal pode ser uma boa opção para ganhar uma renda extra (Foto: Reprodução)

No Brasil, o panetone deixou de ser apenas um item tradicional da ceia de Natal e passou a ocupar também um espaço estratégico no fim de ano: o de presente afetivo e, para muitos, uma fonte importante de renda extra. 

Em um período marcado por confraternizações, trocas de lembranças e gestos de carinho entre amigos, colegas de trabalho e familiares, o panetone artesanal ganhou força por unir sabor, simbolismo e personalização. Presentear com um panetone feito em casa carrega a ideia de cuidado, tempo dedicado e exclusividade,  algo cada vez mais valorizado em meio à rotina acelerada.

Confira dicas para produzir o seu panetone em casa

A receita caseira exige paciência, mas é acessível. Para um panetone artesanal tradicional, você vai precisar de 10 gramas de fermento biológico seco, meia xícara de açúcar, três ovos, meia xícara de manteiga em temperatura ambiente, uma xícara de leite morno, cerca de 700 gramas de farinha de trigo, uma colher de chá de sal, raspas de laranja ou limão, uma colher de chá de essência de panetone ou baunilha e 200 gramas de frutas cristalizadas e uvas-passas.

Comece dissolvendo o fermento no leite morno com uma colher de açúcar e deixe descansar por cerca de dez minutos. Em outro recipiente, misture os ovos, o açúcar restante, a manteiga, o sal e as raspas. Junte o fermento ativado e vá acrescentando a farinha aos poucos, até formar uma massa macia e levemente pegajosa. Sove bem, incorpore as frutas, cubra e deixe crescer até dobrar de volume. Depois, coloque a massa em formas próprias de panetone, deixe crescer novamente e asse em forno médio por cerca de 40 a 45 minutos, até dourar.

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A partir dessa base, é possível criar variações que valorizam o produto e aumentam o potencial de venda. Substituir as frutas por gotas de chocolate, rechear com brigadeiro ou doce de leite após assar, ou finalizar com uma cobertura simples de chocolate derretido são formas de agregar valor sem elevar demais os custos. Muitos produtores optam também por versões menores, ideais para lembranças corporativas e amigos secretos.

Panetone caseiro é boa opção de presente (Foto: Reprodução)

Lembre a história do panetone

O panetone é um dos símbolos mais reconhecíveis do Natal e, no Brasil, tornou-se quase obrigatório nas mesas de dezembro. Apesar de hoje aparecer em versões recheadas, gourmet e até salgadas, sua história começa bem longe daqui, no norte da Itália.

Registros históricos apontam que o pão doce surgiu em Milão, entre os séculos XV e XVI, ligado a festas religiosas e celebrações de fim de ano. A receita original levava ingredientes simples (farinha, ovos, manteiga, açúcar e frutas secas) e era preparada de forma artesanal, como um alimento especial, reservado para ocasiões importantes.

A tradição chegou ao Brasil no início do século XX, trazida principalmente por imigrantes italianos que se estabeleceram em estados como São Paulo e Rio Grande do Sul. No começo, o panetone era produzido em pequenas padarias familiares e consumido quase exclusivamente por comunidades de origem europeia.

Com o passar do tempo, a receita foi sendo adaptada ao paladar brasileiro e ganhou escala industrial, tornando-se mais acessível e popular. A partir da segunda metade do século passado, o panetone passou a fazer parte da ceia natalina brasileira, mesmo em um país de clima quente, consolidando-se como um símbolo afetivo das festas de fim de ano.

Mais do que um alimento, o panetone artesanal virou uma forma de expressar afeto e criatividade. Ao mesmo tempo, representa uma alternativa real de renda extra em um mês financeiramente exigente. Seja para presentear pessoas queridas ou para complementar o orçamento, transformar a tradição do panetone em algo feito à mão reforça o espírito do Natal: compartilhar, cuidar e criar conexões, inclusive através da cozinha.