Mergulhar o rosto em uma tigela com água e gelo virou tendência nas redes sociais. A prática, que promete acabar com olheiras e até “congelar” as rugas, tem ganhado espaço na rotina de quem busca cuidados simples para a pele. Mas será que essa técnica entrega tudo o que promete?
Na verdade, o uso do gelo no rosto tem sim efeitos positivos, mas com algumas ressalvas. O principal benefício está na ação vasoconstritora do frio, que pode ajudar a reduzir o inchaço, especialmente ao redor dos olhos. O resfriamento temporário dos vasos sanguíneos tende a amenizar o aspecto das olheiras e dar uma sensação de frescor à pele.
No entanto, o gelo não é capaz de eliminar rugas. A impressão de firmeza após o contato com o frio é momentânea e não representa uma mudança real na estrutura da pele. As rugas estão ligadas a fatores mais profundos, como envelhecimento natural, contrações musculares repetitivas e perda de colágeno.
Outro ponto de atenção é o tempo de exposição ao gelo. Exageros podem provocar queimaduras e irritações, principalmente em peles mais sensíveis. O ideal é limitar a aplicação a no máximo dois minutos e observar como a pele reage ao contato com a baixa temperatura.
É importante lembrar que a técnica não substitui uma rotina completa de cuidados dermatológicos. Para manter a pele saudável e luminosa, são indispensáveis medidas como o uso diário de protetor solar, aplicação de hidratantes e produtos com vitamina C ou ativos renovadores. Além disso, o acompanhamento periódico com um profissional especializado é essencial para avaliar necessidades específicas e indicar tratamentos personalizados.
Ou seja, a água gelada pode ser um recurso pontual para aliviar inchaços, mas está longe de ser uma solução mágica. Cuidados consistentes continuam sendo o caminho mais seguro e eficaz para uma pele bem tratada.