Comportamento

Estudo aponta causas para envelhecimento cerebral precoce

Levantamento foi feito com mais de 160 mil pessoas

Estudo aponta motivos para envelhecimento cerebral (Foto Divulgacao)
Estudo aponta motivos para envelhecimento cerebral (Foto Divulgacao)

Fatores como desigualdade social, instabilidade política e poluição do ar podem acelerar o envelhecimento do cérebro humano, de acordo com um estudo publicado recentemente na revista científica Nature Medicine.

A pesquisa, conduzida por 41 cientistas de diversos países, incluindo três brasileiros com apoio do Instituto Serrapilheira, analisou dados de mais de 160 mil pessoas em 40 países, entre eles o Brasil. As informações são da Agência Brasil.

Utilizando modelos de inteligência artificial e ferramentas de modelagem epidemiológica, os pesquisadores avaliaram o impacto do ambiente social e político sobre o envelhecimento cerebral. 

O estudo mediu a diferença entre a idade real dos participantes e sua “idade biocomportamental”, uma estimativa baseada em aspectos como saúde física, capacidade cognitiva, educação, funcionalidade e fatores de risco, como doenças metabólicas e sensoriais.

Os resultados revelam que o envelhecimento não depende apenas de fatores genéticos ou escolhas de estilo de vida individuais. O local onde se vive pode acelerar o envelhecimento e causar risco de declínio cognitivo e funcional, diz o estudo. Em países desiguais como o Brasil, os dados reforçam a urgência de políticas públicas voltadas à equidade social.

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Saiba quais motivos estão mais associados ao envelhecimento precoce

Entre os fatores associados ao envelhecimento acelerado estão baixa renda, má qualidade do ar, desigualdade de gênero, instabilidade política, liberdade partidária restrita e limitações no direito ao voto. Regiões com alta corrupção, baixa transparência e frágeis instituições democráticas demonstraram maiores índices de envelhecimento.

Segundo os cientistas, a exposição prolongada a contextos de governança instável pode induzir a um estado de estresse crônico, comprometendo a saúde cardiovascular e cognitiva ao longo do tempo.

O estudo também observou que países europeus e asiáticos, como França, Alemanha, Suíça, China e Coreia do Sul, apresentam um envelhecimento cerebral mais lento. Já nações africanas como Egito e África do Sul registraram os níveis mais altos de envelhecimento precoce. O Brasil ficou em uma posição intermediária. Para os pesquisadores é essencial que as estratégias de saúde pública priorizem a redução das desigualdades sociais e o desenvolvimento regional.

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