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Cansado de ver seu cachorro fugir como um foguete quando abre o portão? Veja 5 técnicas infalíveis para resolver

Cansado de ver seu cachorro fugir como um foguete quando abre o portão Veja 5 técnicas infalíveis para resolver

Você já sentiu aquele frio na barriga quando abre o portão e vê seu cachorro disparar como um foguete, ignorando qualquer chamado? Esse momento mistura desespero e impotência, porque em segundos o animal está na rua, correndo riscos de atropelamento, brigas com outros cães ou até desaparecimento. Esse comportamento, que muitos donos encaram como “impossível de resolver”, tem solução — mas exige paciência, técnica e, principalmente, mudança de rotina.

Cachorro e o instinto de escapar

Um cachorro que foge não está apenas “fazendo bagunça”. Ele obedece ao instinto natural de explorar, caçar e procurar estímulos externos. A rua é um convite irresistível: cheiros novos, outros animais, barulhos, movimento. É como se um parque de diversões estivesse aberto bem na frente da porta. Segundo especialistas da Sociedade Brasileira de Medicina Veterinária (SBMV), 40% dos casos de fugas caninas estão ligados à falta de estímulo dentro de casa. Já a Associação Brasileira de Bem-Estar Animal (ABEA) aponta que cães com baixa atividade física têm três vezes mais chance de tentar escapar.

Além disso, a ansiedade de separação, comum em raças mais apegadas, e o simples hábito mal condicionado — como ser acostumado desde filhote a atravessar o portão junto ao tutor — reforçam a ideia de que sair correndo é permitido. Um estudo do American Kennel Club (AKC) também mostra que cães que não recebem treinamento básico têm até 70% mais chances de desenvolver comportamentos de fuga.

Reforço de limites físicos

O primeiro passo para impedir que seu cachorro fuja quando o portão abre é criar barreiras físicas e visuais. Isso não significa transformar a casa em uma fortaleza, mas sim dificultar o impulso imediato. Instalar grades internas, telas de contenção ou portões duplos reduz em até 80% as chances de fuga, segundo levantamento da ABEA. O truque é simples: quanto mais obstáculos entre o cão e a rua, menor a possibilidade dele agir por impulso.

Muitos tutores optam por treinar o cão a respeitar uma linha invisível. Funciona assim: escolha um ponto a alguns metros do portão e ensine o animal a não ultrapassá-lo. Sempre que ele respeitar esse limite, recompense com petiscos ou carinho. Aos poucos, o cachorro entenderá que não precisa sair correndo para ser recompensado.

Treino com comandos básicos

Nenhum recurso físico substitui o poder do adestramento. Ensinar comandos como “senta”, “fica” e “vem” é vital para o controle em situações de risco. Tutores que investem alguns minutos diários em treinos relatam redução de até 60% nas tentativas de fuga. O segredo é consistência.

O ideal é começar longe do portão, em um ambiente calmo. Dê o comando, recompense o cumprimento e vá aproximando aos poucos do local crítico. Quando o portão se abrir e o cachorro permanecer no lugar, você terá a prova de que o esforço deu certo. Esse processo pode levar semanas, mas cria um elo de confiança e respeito.

Gasto de energia e rotina

Cães que fogem geralmente estão entediados. O simples ato de caminhar 30 minutos por dia reduz drasticamente as chances de comportamento de fuga, porque o animal já terá liberado energia suficiente. A SBMV recomenda, além das caminhadas, brincadeiras de estímulo mental, como jogos de busca, brinquedos recheáveis e treinos de obediência lúdica.

A lógica é clara: um cachorro cansado física e mentalmente tem menos interesse em correr para a rua, porque já encontrou satisfação dentro de casa. Pense nisso como uma “vacina contra fugas”: o investimento em atividades diárias é mais barato e seguro do que remédios para ansiedade ou tratamentos posteriores.

Socialização controlada

Muitos cães fogem porque querem contato com outros animais. A solução, nesse caso, não é privar, mas controlar. Passeios em parques, encontros supervisionados com outros cães e até creches caninas podem suprir essa necessidade. Assim, o cachorro aprende que terá contato social em momentos específicos, sem precisar arriscar a própria segurança escapando para a rua.

Essa socialização também reduz a ansiedade e a agressividade, fatores que impulsionam comportamentos impulsivos. Segundo pesquisa da AKC, cães socializados apresentam 50% menos comportamentos de fuga e maior obediência ao tutor em ambientes externos.

Recompensa e consistência

O último ponto — e talvez o mais importante — é a consistência. O cachorro precisa entender que ficar dentro de casa é mais recompensador do que sair correndo. Sempre que ele respeitar o portão aberto, ofereça reforço positivo: petiscos, carinho, palavras de incentivo.

Aqui, vale um alerta: nunca castigue fisicamente ou grite quando o cachorro escapar. Isso só aumenta o medo e reforça o comportamento indesejado. A lógica é simples: ele deve associar o portão a tranquilidade, não a tensão.

Criar uma rotina de barreiras, treinos e estímulos pode parecer trabalhoso, mas na prática é um investimento em segurança e qualidade de vida — tanto para o tutor quanto para o animal. Afinal, não se trata apenas de evitar fugas, mas de oferecer ao cachorro uma vida mais equilibrada, segura e feliz

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