Violência travestida de políticaQuando não havia internet e sequer essa espetacular rede mundial não era concebida como ficção, isso na década de 70, a grande preocupação dos pais com suas crianças era a praça pública, local onde poderia aparecer um malandro com droga ou um delinquente praticando um ato de violência gratuita.Como a maioria dos temores não era real, inventavam-se mulheres que raptavam crianças no caminho de volta da escola, ou mesmo um vendedor de balas que oferecia bombons misturados com uma droga qualquer. E as crianças chegavam a acreditar nisso como uma ameaça real em seu imaginário fértil.No momento em que a televisão tornou-se popular, com o aparelho de TV ocupando um lugar privilegiado da casa, a sala, os filmes de tiros e de helicópteros explodindo eram a grande preocupação. Pais chegavam aterrorizados, do cinema, nas décadas de 80 e 90, diante das cenas com tantos tiros e sangue no filme do Rambo.Mais recentemente, quando finalmente a internet se tornou real e universal, os jogos de tiros e mortes passaram a ser o novo símbolo do mal diante da violência ostensiva e gratuita em forma de games. Os filmes mais vorazes em cenas de matar se tornaram videogames para crianças e adultos.Até hoje essa preocupação é recorrente nos pais mais rigorosos, e alguns não abrem mão para seus filhos de qualquer tipo de jogo na internet ou fora dela que contenha cenas de violência. E fazem isso de forma correta, embora seja difícil se livrar da exposição gratuita da violência por meio dos filmes e jogos.Mais recentemente, eis que surge um perigo real, mas que não é enxergado como pernicioso para crianças e adolescentes ou até mesmo para adultos que sobreviveram a todos os perigos reais ou imaginários ao longo das décadas: a violência transformada em política, ou da liberdade de agredir travestida em liberdade de expressão, que tomou conta das redes sociais.As crianças estão aprendendo desde cedo o exercício do ódio contra quem pensa diferente ou contra quem não tem o padrão determinado pela ditadura da maioria ou muitas vezes pela moral de falsos religiosos que usam a Bíblia para disseminar o ódio em nome de Deus.Enquanto os pais estão apenas preocupados com os tiros e carros explodindo nos games cada vez mais sofisticados, as pessoas vão se tornando inimigas na vida real por causa da violência em forma de política ou de ataques motivados por opiniões divergentes. E se isso não se tornar uma preocupação real, não tardará para que se torne insustentável. É hora de se abrir os olhos para a grande armadilha diante de nós.*[email protected]: www.roraimadefato.com
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Arthur Lira abre fogo contra o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira
BRASÍLIA, QUINTA-FEIRA, 2 DE MAIO DE 2024 – Nº 3.870 Negócios bélicos Os últimos desentendimentos diplomáticos entre Brasil e Israel não interferiram nas relações de negócios bilaterais. Atualmente, a Força Aérea Brasileira possui três contratos com o país do Oriente Médio. E a Marinha informa que existem dois contratos com a empresa israelense ARES em […]
AFONSO RODRIGUES
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AFONSO RODRIGUES
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“Vossos filhos não são vossos filhos. São filhos e filhas da ânsia da vida por si mesma. Vêm através de vós, mas não de vós. Embora vivam convosco, não vos pertencem”. (Gibran Khalil Gibran)