Reflita um pouco mais sobre isso, quando você for votar. Ou mais precisamente quando estiver escolhendo seu candidato. Olhe nos olhos dele. E você pode fazer isso bem longe dele. Tudo vai depender do seu preparo para ser um cidadão, ou cidadã. Nunca se iluda com promessas. Elas, na maioria, são ilusórias. Já contei pra você sobre a experiência que tive na conversa simples e rápida, com um delegado de polícia, em São Paulo. Foi em São Miguel Paulista, em Sampa, mais ou menos em 1954. Foi a época da zorra do “vigarista”. Coisa muito parecida com a zorra de hoje, com os roubos de “alianças”. O vigarista não assaltava. Ele vinha conversar com o otário e acabava levando qualquer coisa conquistada na conversa de vigarista. Simples pra dedéu. Quando o ludibriado ia a aquela delegacia que ficava bem próximo à minha casa, o delegado o mandava se sentar ali, e ficar esperando a prisão do vigarista. Coisa que nunca acontecia. Certo dia, numa conversa simples, com o delegado, perguntei por que ele não prendia o vigarista. E a resposta foi bem simples:

– Afonso… preste atenção: se não houvesse otários não existiria vigaristas.

Por que será que continuamos sofrendo as dores de elegermos candidatos que não correspondem às nossas necessidades de uma democracia? Talvez estejamos sendo vistos pelo alto nível da política, como meros otários. Não vejo outra maneira de me sentir, quando saio de casa para votar por obrigação, quando deveria ir por dever, e não por obrigação. Vá refletindo sobre isso, e se preparando, na educação política para primeiro: merecer o voto facultativo, segundo: ser verdadeiramente, cidadão. Porque sem o voto facultativo nunca seremos cidadãos, para votar democraticamente. Mas fique tranquilo e não esperneie. Nada de arrufos. Vamos nos comportar com civilidade e racionalidade, e fazer apenas o que devemos fazer da melhor maneira possível. Mas precisamos saber e entender o que é melhor para fazermos um País melhor que corresponda ao nosso esforço para o sucesso. George Burns também já disse: “Pena que todas as pessoas que sabem como governar o país estejam ocupadas a dirigir táxis ou cortar cabelos”. Na verdade, o que mais ouvimos nas conversas, sobretudo sobre política, são argumentos e reclamações de salvadores da pátria, que nem salvam a si mesmos. E são os que votam exatamente nos que pensam como eles. Vamos pensar mais no melhor, para melhorar a caminhada para o progresso do nosso querido e amado Brasil. Pense nisso.

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