Sangria, piranha, Frankenstein e Matusalém As mais recentes revelações da delação premiada vêm colocar às claras tudo aquilo que vinha sendo alertado sobre o que iria ocorre depois do impeachment de Dilma Rousseff (PT), ainda que contra ela não pesasse nenhum crime. O mais cristalino de todos é que o esquema do propinoduto na Petrobrás envolve os grandes canastrões da República, que de tudo fizeram para solapar o poder e tomá-lo de assalto com apoio dos panelaços inflados pela Globo.Antes do impeachment, as gravações já mostravam um senador Romero Jucá (PMDB) falando em “estancar a sangria” da Lava Jato com apoio do Supremo Tribunal Federal, ou seja, impedir o avanço das investigações sobre o propinoduto com ajuda de ministros da mais alta Corte judicial do país.É só relembrar que esperaram o Eduardo Cunha (PMDB-RJ), então presidente da Câmara, aprovar o impeachment para depois colocá-lo na cadeia, insinuações estas também mostradas nas gravações de Jucá que sugeria um “boi de piranha”, para que todos os demais conseguissem “chegar ao outro lado”.Esse conluio com os homens de toga ficou muito bem configurado quando uma decisão monocrática do ministro Marco Aurélio afastou do cargo o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), mas o Pleno do STF, em seguida, determinou que Calheiros permanecesse, desde que não assumisse a Presidência da República, numa “punição” costurada e que desmoralizou a Justiça brasileira.Agora, com o vazamento da delação premiada da Odebrecht, ficou subentendido que não será fácil fazer a grande faxina no Brasil, uma vez que todos os grandes figurões estão envolvidos nos esquemas mais sórdidos. Eles estão fazendo de tudo para dar um jeito de se livrarem da Operação Lava Jato dentro daquele preceito da máfia italiana de que “se todos são culpados, logo todos são inocentes”. Teremos um fim de ano dos mais tenebrosos para a realidade brasileira, pois esses mesmos políticos que figuram nas delações já tentaram aprovar, na calada da noite, o “Projeto Frankenstein”, aquele projeto anticorrupção que foi desfigurado na Câmara. E aproveitando esse momento conturbado, aprovaram a “PEC da Morte”, a de número 55, e agora vão caminhar para o “Projeto Matusalém” da Previdência.No estourar dos rojões nestes dias de festas, poderemos estar confraternizando entre amigos e familiares, enquanto os bandidos de gravata tentarão dar o golpe fatal contra o brasileiro, nos tirando tudo aquilo que conquistamos sob muita luta, e usando as instituições deste país para se livrarem das acusações de corrupção… E não se escuta mais o barulho daqueles que diziam que continuariam indo às ruas depois do impeachment. É o fim.*[email protected]: www.roraimadefato.com
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Jessé Souza
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