Houve uma época em que a Educação primava pelo clássico. Um ensino mais aprimorado. Mas, mesmo aí, o pecado foi o mesmo de hoje: a não observância à importância de plantar o carvalho. E se se olhar por esse prisma, a Educação se deseducou. A duras penas, o mundo vem mudando sem mudar. Uma tarefa hercúlea para a qual não estamos devidamente preparados. Na era do empreendedorismo, o discurso massacrante, ainda é, emprego e desemprego. Mas do que os de épocas passadas, os jovens de hoje correm atrás do diploma, visando um futuro bom emprego. Tudo bem. Nada contra. Mas, é elementar demais. Se todos querem empregos, quem vai os empregar?
Cara, estude, estude, estude. Mas estude com objetivos mais amplos. Com uma mente mais aberta, voltada para o futuro que você está construindo. Nunca se esqueça de que o futuro é agora e está naquilo que você está construindo para o futuro. E me parece que um emprego não é bem o futuro que as pessoas de mente aberta desejam. Não o despreze nem o rejeite, quando ele chegar. Mas não viva em função dele. Não perca seus dias adubando e carpindo na alface para o almoço. Cuide mais da muda de carvalho, para a sombra que abrigará você, no futuro. A Educação insiste na miopia mental sem enxergar a necessidade de orientar os jovens para a realidade atual. O jovem sai da escola e da faculdade, sem a devida orientação para enfrentar e viver o mundo de hoje. E para encarar as mudanças rápidas que estão sempre à frente do desenvolvimento mental, do ser humano. Eles recebem o diploma sem estarem prontos para a realidade. Ninguém lhes diz nada sobre os dois esteios principais da humanidade: a economia e a política. A Educação não está nem aí, não sei se por conveniência, em passar para os jovens que sem uma política desenvolvida nunca seremos cidadãos de fato e de direito. Não importa quantos documentos nos deem dizendo-nos que somos cidadãos. Ninguém diz para os jovens, que um país nunca será um país rico, por mais dinheiro que tenha, enquanto mantiver o povo, politicamente analfabeto. Seremos sempre pobres enquanto não nos ensinarem a ser ricos. Viveremos sempre ludibriados, enganados e roubados por maus políticos, frutos da nossa ignorância política.
Mas não nos esqueçamos de que temos bons políticos na nossa política. não fosse assim e não teríamos nem mesmo o direito de falarmos sobre política. Miguel Couto, no início do século vinte, disse: “No Brasil só há um problema nacional: é a educação do povo”. Pense nisso.
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