Processo de transição para Hospital Universitário encerra em setembro

Bom dia.

Incoerência

O deputado federal Nicoletti (União Brasil-RR) criticou, em entrevista à rádio Folha FM 100.3, durante o programa Agenda da Semana, a incoerência entre o discurso de direita adotado durante as campanhas e a prática no Congresso e nos movimentos de rua. Ao comentar as manifestações pró-Bolsonaro realizadas no domingo (3), batizadas de “Reaja Brasil”, Nicoletti disse que muitos políticos roraimenses acendem vela para dois santos: se elegeram sob a bandeira verde e amarela, mas mantêm cargos na estrutura federal e alianças com o Governo Lula e, por esse motivo, não podem se expor publicamente a favor das pautas de direita.

Apatia

O parlamentar também cobrou uma postura mais firme dos senadores roraimenses, criticando a ausência de assinaturas em pedidos de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em relação aos deputados estaduais, avaliou que a apatia se deve a dois fatores: primeiro, porque nenhum deles representaria, em sua visão, a direita de forma autêntica, raiz; e segundo, porque muitos consideram que esse tipo de debate não está entre suas atribuições.

Terras raras 1

Em entrevista ao programa Agenda da Semana, o geólogo Salomão Cruz explicou que a flexibilização do tarifaço pelo presidente norte-americano Donald Trump sobre produtos brasileiros pode ser uma espécie de “toma lá, dá cá”, e que um dos interesses dos Estados Unidos pode estar relacionado às terras raras do Brasil. Essa questão está diretamente ligada à disputa comercial com a China. As terras raras são elementos essenciais para tecnologias avançadas, como celulares, carros híbridos, turbinas e mísseis. A China domina o setor, detendo mais de 40% das reservas e 90% do processamento. O Brasil possui cerca de 20% das reservas mundiais, mas produz pouco, e quase toda sua produção é exportada para a China.

Terras raras 2

Segundo Salomão, os EUA buscam incentivar a produção brasileira para reduzir sua dependência da China. A flexibilização do tarifaço para alguns produtos brasileiros faria parte dessa estratégia. Ele destacou que o controle das terras raras no Brasil já está, em grande parte, nas mãos da China, e que o interesse americano tem caráter comercial, o que não representaria perda de soberania, que, na prática, já está comprometida.

Hospital 1

Durante participação no programa Agenda da Semana, da rádio Folha FM 100.3, o reitor da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e recém-empossado presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), Geraldo Ticianelli, apresentou um panorama sobre o processo de transição do Hospital Universitário de Roraima para a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Hospital 2

Até o fim de agosto, toda a unidade deverá ser oficialmente assumida pela rede federal. Ele mencionou que além das melhorias estruturais, reforço no abastecimento de medicamentos e reestruturação dos serviços, os profissionais em atuação já são vinculados à rede federal. Segundo Ticianelli, o hospital está em processo de ampliação e, até o final do ano, deve contar com um novo projeto arquitetônico que prevê a reestruturação da unidade para 232 leitos, seis salas cirúrgicas e 20 leitos de UTI.

Hospital 3

O reitor enfatizou que a partir de setembro o hospital funcionará de forma integral como unidade universitária, com a integração entre ensino, pesquisa e assistência em saúde. Ele também defendeu a importância da atuação conjunta entre as esferas federal, estadual e municipal, ressaltando que o objetivo não é substituir nenhuma instância, mas somar esforços para fortalecer a saúde pública no Estado.

Carreata

A prisão e soltura do ex-prefeito de Iracema, Jairo Ribeiro, durante a Operação Voto de Cabresto, movimentou o Município e as redes sociais durante o fim de semana. Investigado pela Polícia Federal (PF) por corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro e associação criminosa, ele foi detido e solto no mesmo dia, pois a Justiça entendeu que não havia flagrante. Essa soltura, no entanto, foi dado um caráter de comemoração, com direito a carreata, como se ele tivesse sido inocentado, quando, na prática, ele segue sendo investigado, só não está preso.

Vídeo

O episódio gerou um bate-boca generalizado nas redes sociais. De um lado, aliados da atual prefeita Marlene Saraiva (Republicanos), também investigada na mesma operação; do outro, o grupo de oposição. No meio da troca de acusações, internautas resgataram um vídeo antigo de um deputado federal que, à época, dizia que colocaria Jairo Ribeiro na cadeia. Tempos depois, o mesmo deputado apareceu em outro vídeo, em um gabinete, ao lado do ex-prefeito, em clima amistoso. Nos comentários, usuários apontaram que esse tipo de mudança de postura é típico da política brasileira; alianças mudam conforme a conveniência e quem fica se desgastando são os eleitores.

Costas largas

No fim de semana, durante as festas juninas de Iracema, Jairo Ribeiro subiu ao palco e fez um discurso, no qual disse que está sendo perseguido politicamente, e que foi à PF apenas prestar depoimento, sendo liberado no mesmo dia porque, segundo ele, as acusações não se sustentavam. E finalizou em tom de desafio: “Podem continuar, que aqui a costa é larga”.

Só seis

Na rua pedindo fora Lula e Moraes, ontem à tarde em Florianópolis, o senador Esperidião Amin (Progressistas-SC), um dos parlamentares do Congresso Nacional disse que só faltam seis assinaturas de senadores para que o pedido de impeachment do ministro do STF, Alexandre de Moraes, alcance 41 solicitantes. E, segundo ele, quando esse número for alcançado, o Senado Federal vai parar até que David Alcolumbre (União Brasil-AP) paute o pedido para julgamento. Esperidião pediu aos eleitores de cada Estado para pressionar seus senadores a aderirem ao impeachment.

Ignorando

Aliás, dezenas de milhares de brasileiros e brasileiras foram às ruas em todas as capitais brasileiras e muitas grandes cidades para exigir o afastamento do ministro Alexandre de Moraes e do presidente da República Lula da Silva (PT). Apesar da imprensa tradicional ter ignorado completamente as manifestações, boa parte da população acolheu o convite dos dirigentes da direita do País.