A prefeita de Iracema, Marlene Saraiva (Foto: Divulgação)
A prefeita de Iracema, Marlene Saraiva (Foto: Divulgação)

Bom dia.

Transferências 1

Uma reportagem da Folha de São Paulo reacendeu o debate público sobre o escândalo em São Luiz do Anauá, que recebeu R$ 126 milhões em emendas, mas não concluiu as obras e enfrenta colapso financeiro. O que a reportagem não contou, e que fontes da Parabólica revelaram com exclusividade, é que documentos obtidos com a quebra de sigilo bancário da Prefeitura mostram que recursos originalmente vinculados a convênios federais foram desviados de sua finalidade e transferidos para contas de recursos próprios do município, o que é proibido.

Transferências 2

Ou seja: verbas que deveriam ser usadas em obras específicas foram parar em outra conta da Prefeitura, antes de serem repassadas a empresas investigadas. Essas empresas, por sua vez, movimentaram dinheiro com saques e novas transferências, dificultando o rastreamento dos valores. O Banco Central já foi acionado, e as instituições de controle estão rastreando o caminho percorrido por este dinheiro. O passo seguinte será a quebra de sigilo bancário dessas empresas para identificar os verdadeiros beneficiários dos repasses.

Emendas

A reportagem nacional ouviu parlamentares que destinaram recursos a São Luiz. O senador Chico Rodrigues (PSB) atribuiu a má aplicação dos recursos exclusivamente à antiga gestão municipal. Já o senador Mecias de Jesus e o deputado Gabriel Mota, ambos do Republicanos, adotaram tom mais cauteloso, reforçando que a responsabilidade pela aplicação correta dos recursos é da Prefeitura e que cabe aos órgãos de controle investigar eventuais irregularidades. Por falar nisso, a quantas anda a CPI criada na Assembleia Legislativa (ALE-RR) sob a presidência do deputado Renato Silva (Podemos) e relatoria do deputado Jorge Everton (União)?

Crescimento

Está cada vez mais difícil sustentar a narrativa da saúde financeira do Tesouro Estadual. Na segunda reunião com a categoria, realizada na segunda-feira (21), o clima foi de frustração. O governador falou em corte de gastos nas secretarias, expectativa de aumento na arrecadação do ICMS e propôs um escalonamento do reajuste 1% ao mês até o fim do ano. Fontes da Parabólica dizem que o governo terá de arranjar no mínimo uns R$ 400 milhões para fechar a folha de pagamento dos servidores do Executivo.

Revisão

A revisão geral anual não é aumento salarial, mas uma recomposição das perdas inflacionárias, ou seja, um direito previsto em lei, e uma das principais insatisfações é que todos os poderes – e órgãos com autonomia orçamentária/financeira-, já concederam, exceto o Executivo. A proposta de escalonamento, que está longe de agradar aos servidores, ainda assim foi considerada um avanço mínimo para uma das alas sindicais. Uma nova rodada de negociações ficou marcada para 12 de agosto, na tentativa de avançar nas negociações.

Republicanos 1

O Republicanos, comandado em Roraima pelo senador Mecias de Jesus, é hoje a sigla com maior número de mandatos em Roraima. Além do próprio mandatário no Senado, o partido ocupa cadeiras importantes na Câmara dos Deputados, tem o vice-governador Edilson Damião e uma presença também na Assembleia Legislativa. Mas o que chama atenção nos bastidores é a movimentação em torno do deputado estadual Marcos Jorge. Ex-ministro, com trânsito e prestígio, Marcos apareceu com destaque em um vídeo institucional do Republicanos local. Sinal de voos maiores?

Republicanos 2

E, pelo que dizem, não foi por acaso. Marcos Jorge aparece cada vez mais como o nome escolhido para dar continuidade ao projeto do partido em Roraima. Pode disputar a sucessão de Mecias de Jesus no Senado Federal, afinal, é fiel escudeiro do presidente regional do Republicanos, caso Mecias consiga emplacar seu nome na corrida ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR). Outra alternativa, essa mais provável, é que Marcos Jorge venha disputar uma das oito vagas à Câmara dos Deputados, em dobradinha com Darbilene do Valle, esposa de Mecias, que nesse caso disputaria uma das 24 vagas na ALE-RR.

Contas

O TCE-RR e o Ministério Público de Contas (MPC-RR) divergiram sobre o julgamento das contas de Caroebe, referentes ao ano de 2021. Durante a fiscalização, técnicos encontraram falhas, a exemplo da não comprovação do pagamento de 70% do Fundeb (Fundo de Manutenção da Educação Básica) com pagamento de pessoal. O MPC deu parecer pela aplicação de multa, sob argumento de que houve obstrução e sonegação de documentos durante a fiscalização in loco, enquanto o TCE entendeu que as falhas foram totalmente explicadas e corrigidas, aprovando as contas sem ressalvas ou penalidades.

Demissão

Em Iracema, teve confusão com a notícia de que servidores seletivados teriam sido demitidos durante o período de férias. A informação se espalhou rapidamente por grupos de WhatsApp e páginas de notícias locais, gerando uma onda de críticas à gestão municipal. Os relatos apontam que a medida seria uma manobra para evitar o pagamento dos salários do mês, uma hipótese levantada por populares, mas sobre a qual a administração ainda não se pronunciou publicamente. Entre os comentários, alguns se repetem: críticas aos órgãos de controle por uma suposta inércia diante desse tipo de conduta no interior do Estado. Com a palavra, os órgãos fiscalizadores.

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Parabólica

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

As poderosas antenas da coluna, trazem para o site aquelas conversas que esquentam os bastidores da política local. Informação, Denúncia e as notinhas apimentadas que só a coluna publica de segunda a sábado.

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